Redação AI 02/10/2002 – Com a meta de avaliar o grau de atividade viral da doença de Newcastle no País para, a seguir, reivindicar a OIE o status objetivo e mais amplo de zonas livres, técnicos do Ministério da Agricultura e de secretarias estaduais de Agricultura iniciaram nos principais estados produtores de frango o mapeamento da doença.
No Mato Grosso do Sul, os trabalhos começaram na última segunda-feira. Segundo o delegado federal de Agricultura, José Antônio Roldão, “estamos iniciando o trabalho com o objetivo de tornar o Estado uma área livre de Newcastle”.
De acordo com técnicos, a Newcastle (DNC) é uma doença viral, aguda, altamente contagiosa que acomete aves comerciais e outras espécies aviárias, com sinais respiratórios (tosse, espirro, estertores) freqüentemente seguidos por manifestações nervosas e por diarréia e edema da cabeça. A manifestação clínica e a mortalidade variam segundo a patogenicidade da amostra do vírus, que pode se manifestar em três categorias: muito alta (amostra velogênica), intermediária (amostra mesogênica) a muito baixa (amostra lentogênica).
Ao todo, será coletado material laboratorial (sangue e secreções traqueais e cloacais) nos Estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e no Distrito Federal, ficando os trabalhos concentrados na avicultura de corte.
Esta primeira fase do levantamento deverá durar sete semanas – o ciclo de vida de um frango -, prevendo-se a coleta de cerca de 180 mil amostras em todo o País. Após uma triagem inicial nos próprios estados, as amostras serão encaminhadas ao LARA/Campinas, ao qual caberá traçar o “mapa” da Newcastle no Brasil.