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Newcastle: São Paulo estabelece critérios de entrada de aves e produtos do MT

<p>A medida visa manter o status do Estado de área livre de doença de Newcastle (03/11).</p>

Redação (03/11/06) – Após  a confirmação da ocorrência de um foco de doença de newcastle em 46 aves  domésticas  de  Lambari  DOeste, região sudoeste do Mato Grosso, a Secretaria  de  Agricultura  e  Abastecimento  do  Estado  de  São  Paulo estabelece  critérios  para  o  ingresso e o trânsito de aves sensíveis à  doença,  seus  produtos  e subprodutos vindos daquele estado. A resolução começa  a  valer  a  partir  deste  sábado (04/11) e está baseada na Nota>  Técnica  n 50 do Ministério de Agricultura, que confirma o foco e também na  Instrução  Normativa n 17, parte do Plano Nacional de Contingência e  Controle para Influenza Aviária e Doença de Newcastle.

Pela resolução, a entrada de aves domésticas, exóticas e silvestres, seus produtos  e  subprodutos e materiais de multiplicação, oriundos do Estado do  Mato  Grosso  será  permitido  somente pelos corredores sanitários na divisa  dos  estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, são eles: Rodovia SP 270, km 654, município de Presidente Epitácio; Rodovia SP 300, km 666, Município  de  Castilho,  região  de  Andradina;  Rodovia SP 320, km 637, município de Rubinéia, região de Jales.

Segundo  a  Coordenadoria  de  Defesa  Agropecuária,  órgão da secretaria responsável  pela  sanidade  animal  e  vegetal,  fica  também proibido o ingresso e  entrada de esterco e de cama de aviário, bem como resíduos de incubatórios  e  abatedouros,  salvo  aqueles  materiais  que tenham sido submetidos  a  tratamento  capaz  de  assegurar  a  eliminação de agentes causadores  da  doença.  Todo  material com permissão de entrada deve vir acompanhado   de  Guia  de  Trânsito  Animal  (GTA)  emitida  por  médico veterinário oficial  ou  credenciado,  após  realização  de  amostragem sorológica negativa para Doença de Newcastle.

Também  pelos  critérios,  o ingresso e o trânsito de aves de descarte de granjas de reprodução e aves de descarte de granja produtora de ovos para consumo  deverá  ser  acompanhado  da GTA, emitida por médico veterinário oficial,  devendo  essas  aves  ser destinadas a abatedouros com inspeção federal,  cuja  emissão  da  GTA  deva  estar  vinculada à comprovação de recebimento  pelo  Serviço  de Inspeção Federal (SIF), do lote de aves de descarte encaminhado anteriormente.

CONDIÇÃO  DE  SÃO PAULO O Estado passou a ser considerado área livre da doença  em  2003  e  realizou  um  trabalho  em parceria com a Associação Paulista  de Avicultura (APA) de cadastramento e geo-referenciamento de 5 mil  granjas paulistas totalizando um universo de 198 milhões de aves com vigilância   ativa   para  salmonela,  microplasma  e  newcastle, além do atendimento  a  suspeita de influenza aviária, já que a doença não existe no país.

A Secretaria também reestruturou o GEASE (Grupo Especial de Atendimento a Suspeitas   de  Enfermidades  Emergenciais).  Foram  realizadas  reuniões técnicas destinadas à capacitação de profissionais para a identificação e prevenção  da  influenza aviária e doença de newcastle no Estado com mais de   mil médicos veterinários treinados. No caso das criações domésticas, profissionais  dos  40  escritórios de defesa agropecuária e das casas de  agricultura  receberam  treinamento  para  a  verificação  de  sintomas e encaminhamento adequado em caso de suspeita da doença.

IMPORTÂNCIA  DO SETOR O Estado de São Paulo é o terceiro maior produtor de  carne de frango do país, acompanha de perto Santa Catarina, o segundo colocado, precedido do Paraná. Somos também o maior produtor de ovos para consumo  com  mais  de 40% na produção. A avicultura é a quarta atividade agrícola  no  estado  no  valor da produção, que em 2005 chegou a R$ 1,72  bilhão, perde para cana, carne bovina e citros.