Redação (13/08/2008)- Uma nova cepa do vírus de Influenza Aviária foi detectada na Nigéria e segundo a FAO, é de alta patogenicidade. Exames feitos em laboratórios nigerianos e laboratórios da FAO localizados na Itália Mostram que a nova cepa viral (H5N1, clade 2, EMA3) possui características genéticas diferentes das cepas que circularam no país em 2006 e 2007 (epidemias anteriores). Similar às cepas identificadas em 2007 na Europa (Itália), Ásia (Afeganistão) e Oriente Médio (Irã), esta é a primeira vez que novo organismo foi identificado na África.
“A detecção de mais uma cepa do vírus da IA na África traz sérias preocupações, afinal não sabemos como o vírus foi introduzido na região”, afirma Scott Newman, Coordenador Internacional de Vida Silvestre do Serviço de Saúde Animal da FAO. "É improvável que o vírus tenha sido levado para a África através de aves migratórias, uma vez que a última migração da Europa e da Ásia Central em direção à África ocorreu em setembro de 2007 e o processo migratório deste ano em direção ao Sul ainda não começou". Newman acredita que a cepa chegou ao continente através do comércio internacional, ou, inclusive, através do movimento ilegal e não controlado de aves. Tal entrave apenas aumenta o risco de disseminação do vírus da IA para outros países do oeste africano.
A FAO tem trabalhado na Nigéria junto a especialistas epidemiológicos e veterinário para investigar os surtos e resolvê-los de forma correta, mesmo porque, muito países tem reagido com sucesso no controle do vírus da Inflenza. Entretanto, a comunidade internacional precisa estar sempre alerta.
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