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OIE quer garantir a transparência zoosanitária no mundo

<p>Na opinião de Dugas, a imagem da OIE está limitada para os médicos veterinários. Acho que chegou o momento de mudar paradigmas. Um dos nossos objetivos é fortalecer os serviços veterinários e intensificar a relação com os profissionais deste segmento, explica.</p>

Redação (12/05/06) – Formada por 167 países, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), foi formalmente apresentada na quarta-feira (10) aos participantes do XXXIII CONBRAVET Congresso Brasileiro de Medicina Veterinária, que vai até sexta-feira em Cuiabá (MT).

No evento, o diretor da OIE, Raymond Dugas, além de mostrar a estrutura da entidade e descrever com detalhes como funciona, ele também mostrou o que está sendo feito para controlar a Influenza Aviária. Sabemos que, muitas vezes, os profissionais relacionados ao setor não cumprem determinadas normas por desconhecimento. Nosso objetivo é divulgar as informações e facilitar a disseminação das normas. Tudo pode ser encontrado no site da OIE (www.oie.int, composto por mais de 10 mil páginas, ressalta.

Formada por 167 países membros, a OIE também tem como objetivo garantir a transparência da situação zoosanitária no mundo e estabelecer uma relação de análises e difusão da informação científica veterinária. Para concretizar este trabalho firmou parcerias com dezenas de laboratórios de medicina veterinária espalhados por todo o mundo. Além disso, também pretende ajudar tecnicamente e estimular a solidariedade internacional para promover o controle e erradicação das enfermidades dos animais e vegetais, diz.

Dugas informa que a OIE também trabalha para melhorar a segurança dos produtos de origem animal e prioriza o seu bem-estar. Tudo isso é feito com base em normas científicas. Vale destacar que o processo para fazer estas normas não é um trabalho fácil. Cada uma delas é votada e deve ser aprovada pelos 167 países, caso contrário, volta a ser discutida. Esse processo, às vezes é demorado e complicado.

O diretor também mostrou como funciona a estrutura organizacional da OIE e aproveitou para descrever o funcionamento da rede de informações internacionais. Segundo ele, os países têm 24 horas para informar a presença de uma nova enfermidade. A partir disso, precisa informar freqüentemente a situação sanitária e as providências que estão sendo tomadas, avisa.

Segundo Dugas, a influenza aviária é um assunto muito preocupante e têm gerado pânico em muitos países. Segundo ele, chegou a ser cogitado a morte de 10 milhões de pessoas se o vírus chegasse até os humanos. O diretor enfatiza ainda que foi difícil convencer os membros da OIE a trabalhar primeiro no combate à doença dos animais, para depois pensar na possível contaminação dos humanos. Para o Brasil, este assunto pode não ser tão problemático e, nem ter gerado tantas discussões, mas é preciso estar bem informado e preparado para enfrentar a doença, caso ela chegue ao país, salienta.

Para controlar a influenza aviária no mundo, a OIE criou normas internacionais, códigos, manuais e estabeleceu parcerias com uma rede de laboratórios veterinários. Também estamos fortalecendo os serviços veterinários. No site há todo o tipo de informação e é uma dica para quem quiser tirar dúvidas sobre o assunto.