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Pesquisa investiga Escherichia coli

A bactéria é responsável pela colibacilose aviária, uma das principais doenças da avicultura industrial moderna e que causa grandes prejuízos econômicos.

Redação AI 09/09/2002 – Na Universidade Estadual de Campinas, está sendo desenvolvida uma série de investigações acerca da Escherichia coli, bactéria responsável pela colibacilose aviária, uma das principais doenças da avicultura industrial moderna e que causa grandes prejuízos econômicos e já acomete de 5% a 10% da produção de frangos e galinhas.

Uma linha de pesquisa do Instituto de Biologia, coordenada pelo professor Wanderley Dias da Silveira, do Departamento de Microbiologia e Imunologia, dedica-se ao estudo desta bactéria com a finalidade de se entender melhor seus mecanismos de ação, a fim de desenvolver uma vacina capaz de controlar sua proliferação nas aves e, assim, diminuir os prejuízos que causam à indústria aviária.

Entre as moléstias mais freqüentes provocadas pelas linhagens de Escherichia Coli, Silveira e um grupo de estudantes de pós-graduação estão pesquisando especificamente aquelas que causam a onfalite, a síndrome da cabeça inchada, e a coliseptcemia. A onfalite ataca o embrião e produz uma inflamação no cordão umbilical.

As linhagens que causam a síndrome da cabeça inchada produzem em aves adultas uma inflamação nos ossos da face superior, com conseqüentes repercussões no sistema neurológico. Outra enfermidade, desta vez presente em qualquer estágio de crescimento do frango é a colisepticemia, que provoca infecção generalizada. Mesmo que as aves não morram, tornam-se impróprias para o abate e comercialização.

Você sabe como se curam doenças causadas por Escherichia coli?


Escherichia coli é a bactéria causadora de doenças que atingem de 5 a 10% do plantel de aves brasileiras. As doenças são onfalite, a síndrome da cabeça inchada, e a coliseptcemia, que provoca infecção generalizada. Por enquanto, o tratamento com antibióticos e quimioterápicos tem sido o mais indicado.

Muitas das linhagens, no entanto, têm se mostrado altamente resistentes às drogas utilizadas, explica Tatiana Amábile de Campos, autora da dissertação de mestrado “Estrutura clonal e fatores de colonização de linhagens de Escherichia coli de origem aviária”, apresentada no IB.

O objetivo de Tatiana em seu estudo foi realizar um estudo comparativo com outras linhagens. Foi realizado um teste de adesão em traquéia. “A bactéria entra pelas vias aéreas superiores e adere ao tecido epitelial da traquéia antes de penetrar na corrente sangüínea”.

A farmacêutica Eliana Guedes Stehling também faz parte do grupo de pesquisa da Escherichia coli. Sua contribuição está em identificar outros fatores de adesão em diferentes tipos de células e as possibilidades de invasão do tecido. Eliana, por enquanto, dedica-se à parte experimental de seu trabalho de doutorado que deverá estar pronto em seis meses.

Gerson Nakazato é veterinário e pretende analisar os genes plasmidiais relacionados à patogenicidade da bactéria nos casos da síndrome da cabeça inchada. Seus estudos ainda são iniciais. A expectativa do veterinário é encontrar fatores de virulência da bactéria.

De acordo com Wanderley Silveira, orientador de todos os trabalhos citados, pretende-se chegar à caracterização da maioria dos possíveis genes relacionados à patogenicidade destas linhagens bacterianas a partir das pesquisas envolvendo as moléculas de DNA, conhecidas como plasmídios.

Para os experimentos financiados pela Fapesp, a equipe está utilizando uma coleção de bactérias, todas originárias de galinhas, isoladas e doadas por várias pessoas.

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