Redação (06/03/2009)- Desde que foi criada, há três anos, a Agência de Desenvolvimento Agropecuário do Piauí (Adapi), vem desenvolvendo um trabalho intenso de combate à febre aftosa, com o objetivo de retirar o Piauí do risco desconhecido. Hoje, o Estado já possui todas as condições para sair desta condição e ser incluso na classificação de médio risco, saltando uma das categorias, a de alto risco.
De acordo com o diretor-geral do órgão, José Antônio Filho, quando a agência começou a atuar não existiam cadastros de propriedades. Atualmente, a Adapi possui uma estrutura que possibilita uma cobertura dos serviços em todo o Estado, com 419 funcionários, sendo 218 concursados, 119 escritórios de apoio à comunidade, 15 postos de vigilância agropecuária e 35 Unidades de Sanidade Animal e Vegetal. Os investimentos do Governo do Estado ultrapassam os R$ 11 milhões, somente em 2008, com campanhas contra a febre aftosa.
O diretor destaca também a evolução dos índices de vacinação contra a doença nos últimos seis anos. Em 2003, as campanhas realizavam apenas 53,26% de cobertura vacinal e na última etapa da campanha de 2008 o índice chegou aos 82,46%.
Mas, o final da etapa de cada campanha não significa o fim da vacinação. A equipe técnica da Adapi já vacinou mais de 2% do rebanho que tinha ficado sem a dose da vacina na última etapa, na chamada pós-campanha, e até 31 de abril deste ano 90% do rebanho estarão imunizados. “A meta é que em novembro deste ano o Piauí esteja em médio risco e até 2010 esteja livre da vacinação”, afirmou o diretor.
O Piauí possui 1,7 milhão de cabeças de gado bovino, sendo que o extremo-sul concentra a maior quantidade do animal. José Antônio revela que uma das maiores conquistas da agência é o controle da quantidade de animais do Estado, já que todos os agropecuaristas têm a obrigação de registrar seu rebanho, e alerta para a importância da vacinação. “Isso serve para termos o controle rigoroso da vacinação contra essa doença que há 14 anos não aparece aqui, mas é muito temida, porque inviabiliza economicamente todo o agronegócio, uma vez que o vírus pode ser levado até mesmo através de grãos de soja, favos de mel e feno”, explica.