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PR segue sem laboratórios aptos a diagnosticar doenças de aves

<p>A realidade mostra que o objetivo está distante de ser alcançado.</p>

Redação (11/10/06) – Apesar das tentativas por parte da Secretaria Estadual de Agricultura e Pecuária do Paraná (Seab) de tentar agilizar o credenciamento de laboratórios no estado para a realização de diagnósticos em doenças de aves, como a Influenza Aviária e a Newcastle, a realidade mostra que o objetivo está distante de ser alcançado.

De acordo com o Chefe da Seção de Sanidade Avícola da Divisão de Defesa Animal da Seab, Odilon Douat Baptista, a burocracia está atrasando o credenciamento do laboratório da Universidade Estadual de Londrina (UEL). “Os procedimentos já deveriam ser adotados, mas o laboratório segue no aguardo de um parecer sobre as plantas”, disse.

No caso do laboratório Marcos Henriette, já foram liberados recursos para as obras de ampliação das instalações, o que deve demorar em torno de 14 meses.

“O fato é que este laboratório está preparado apenas para a realização de sorologias da doença de Newcastle e não para Influenza Aviária. Nem mesmo o isolamento e a tipificação podem ser feitas por aqui, o que deixa o Paraná de certo modo vulnerável, por ter de recorrer ao Lanagro de Campinas para a realização destes tipos de testes”, afirma. 

Apesar das dificuldades, que incluem orçamentos em dinheiro, a Seab
conseguiu realizar alguns avanços visando um enquadramento dentro das solicitações feitas pelo Ministério da Agricultura para o plano de
regionalização da avicultura. “Fizemos treinamentos em colégios agrícolas voltados a avicultura não industrial, junto a veterinários, técnicos e zootenistas, além de termos alocado mais um médico veterinário com formação específica em diagnósticos de influenza aviária”, comenta Odilon.

O representante da Secretaria informa também que o Paraná permanece restringindo o transito de aves de descarte para fora do estado, tanto de matrizes quanto de postura comercial. “O trânsito somente está liberado aos abatedouros com certificados SIF ou SIE que tenha a respectiva guia de trânsito animal”, disse.

A respeito da porcentagem que o Paraná poderia ter direito com a liberação de R$ 40 milhões pelo Ministério do Planejamento para incremento de ações visando o Plano Nacional de Prevenção da Influenza Aviária e de Prevenção e Controle da Doença de Newcastle, Odilon informa que o Estado não recebeu informação alguma por parte do Ministério de Agricultura. “Não sabemos nem ao menos se o dinheiro será repassado ao estado, embora seja importante dispormos de verbas para ampliar as ações sanitárias no estado”, finaliza.