Redação AI (19/05/06)- A presença do vírus H5N1, o mais patogênico da gripe aviária, foi confirmada em 18 localidades do centro da Romênia, 16 delas no distrito de Brasov, onde duas granjas industriais com quase 1 milhão de frangos foram afetadas, informou hoje o ministro da Agricultura, Gheorghe Flutur.
Flutur disse que em outras 23 localidades, 11 delas também no distrito de Brasov, existe a suspeita da presença do vírus, depois que as primeiras análises evidenciaram a cepa H5 em várias aves de granja mortas.
O ministro disse que nos focos confirmados se iniciou o sacrifício das aves e que em um dos grandes criadouros da localidade de Codlea a operação terminará hoje à tarde, e imediatamente depois ocorrerá o mesmo em outra fazenda que tem 600 mil frangos.
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Flutur acrescentou que foram confiscadas 340 toneladas de carne de ave procedentes das granjas afetadas, que serão destruídas embora não se tenha encontrado o vírus nelas.
O ministro acrescentou que serão tomadas medidas firmes, como uma severa quarentena e o estabelecimento de uma área de segurança para confinar a epizootia e impedir que se estenda a outras regiões.
Por outro lado, Adrian Sterinu Cercel, diretor do Hospital de Doenças Infecciosas Matei Bals de Bucareste, informou que não se confirmou o contágio em quatro pessoas, incluindo uma criança de dois anos e três operários que manipularam as aves das granjas de Codlea.
No entanto, Sterinu Cercel disse que os pacientes, que se encontram melhor, continuarão internados no hospital até que se faça uma segunda série de análise.
“Não existe nenhum caso de gripe aviária em seres humanos”, disse em entrevista coletiva Rodica Costinea, diretora-geral do Ministério da Saúde, acrescentando que em Brasov se criou um centro para identificar os suspeitos de estarem contagiados.
Costinea disse que 16 pessoas, trabalhadores de um dos criadouros de Codlea e que estão sob vigilância médica em um hospital de Fagaras, estão muito bem.
O Ministério da Saúde pediu à população que não se deixe levar pelo pânico e assegurou que a carne de frango preparada a mais de 60 graus centígrados não oferece nenhum risco.
Além disso, continua a pesquisa epidemiológica para identificar as pequenas granjas que compraram frangos vivos dos criadouros infectados com H5N1.
A última onda de expansão da doença nas aves é atribuída em grande parte a negligências no cumprimento das normas impostas para combatê-la, o que levou o primeiro-ministro a destituir o presidente e o vice-presidente da Autoridade Nacional de Saúde Veterinária e de Segurança Alimentar.
A Promotoria investiga dois chefes de sociedades avícolas e dois médicos veterinários que não respeitaram as normas de segurança alimentícia e comercializaram carne e frangos vivos, apesar de registrar-se um alto índice de mortalidade das aves do criadouro em questão.
