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NUTRIÇÃO

Produtores devem se atentar ao prazo para autorização de uso de ração medicamentosa

Novas regulamentações aplicam-se a todos os estabelecimentos registrados junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), incluindo fábricas comerciais e estabelecimentos de produtores rurais que fabricam ração medicamentosa para uso próprio

Produtores devem se atentar ao prazo para autorização de uso de ração medicamentosa

Os produtores que fabricam ração medicamentosa para o uso de seus animais têm um prazo importante a ser observado. Até o dia 28 de novembro de 2023, esses produtores devem solicitar autorização à fábrica de ração, conforme a Portaria SDA nº 798/2023, que atualizou as regras para a fabricação e uso de produtos destinados à alimentação animal com medicamentos de uso veterinário na ração.

Essas novas regulamentações aplicam-se a todos os estabelecimentos registrados junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), incluindo fábricas comerciais e estabelecimentos de produtores rurais que fabricam ração medicamentosa para uso próprio.

A partir de 28 de novembro de 2023, somente os estabelecimentos autorizados pelo MAPA poderão adquirir medicamentos e produzir ração para alimentação animal que contenha medicamentos em sua composição.

A classificação de risco dos fabricantes produtores rurais é baseada na quantidade de espécies e categorias de animais atendidos e no número total de animais alimentados pela fábrica. Isso determina o grau de exigência que esses estabelecimentos devem atender.

“Produtor rural muita atenção! Se você possui mais de uma propriedade e todos os animais são seus, e a fábrica que alimenta tais animais fica em uma destas propriedades, essa atividade não caracteriza transferência de propriedade ou posse. Logo, não há necessidade de registro do estabelecimento, e sim de solicitação de autorização. Já as fábricas que pertencem a um sistema de integração, ou cooperativa, se caracterizam como tal e existe a necessidade de registro“, enfatiza a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) em comunicado.

Os fabricantes produtores rurais devem atender as mesmas regras dos estabelecimentos registrados?

Deverão atender em parte, a depender ao grupo de risco que se enquadram. O MAPA estabeleceu uma sistemática de caracterização de risco da atividade dos fabricantes produtores rurais, baseada na sua abrangência, para adequar o grau de exigência dos estabelecimentos.

São estabelecidas três categorias de risco para os fabricantes produtores rurais: grupos A, B e C, numa escala crescente de risco, sendo o grupo A o de menor risco e o grupo C, de maior risco.

Esses grupos de risco foram baseados na quantidade de espécies e categorias animais que o estabelecimento rural atende, bem como o número total de animais alimentados pela fábrica em questão, independentemente do número de propriedades sob sua responsabilidade. Ou seja, quanto maior a quantidade de animais e categorias do estabelecimento, maior será o grau de exigências.

Resumindo:

  • Fabricantes Produtores Rurais Classificados no Grupo A: Devem seguir o Manual de Boas Práticas e apresentar um plano de sequenciamento da produção.
  • Fabricantes Produtores Rurais Classificados no Grupo B: Devem seguir o Manual de Boas Práticas, apresentar um plano de sequenciamento da produção e realizar teste de homogeneidade de mistura.
  • Fabricantes Produtores Rurais Classificados no Grupo C: Devem seguir o Manual de Boas Práticas, apresentar um plano de sequenciamento da produção, realizar teste de homogeneidade de mistura e realizar estudo de validação de limpeza.

É fundamental que os produtores verifiquem sua classificação de acordo com o número de animais e espécies atendidos pela fábrica de ração alimentícia antes de solicitar a autorização. Além disso, é essencial preparar a documentação necessária, incluindo o Manual de Boas Práticas de Fabricação (BPF) e o plano de sequenciamento.

A Portaria SDA nº 798, de 10 de maio de 2023, contém informações detalhadas sobre as regulamentações. Para orientações e assistência técnica, os produtores devem considerar a nomeação de um médico veterinário responsável pela saúde do rebanho, bem como a capacitação de todos os envolvidos em Boas Práticas de Fabricação (BPF), mitigação da resistência aos antimicrobianos e uso responsável de medicamentos. Além disso, é importante garantir a adequada coleta de amostras para o teste de homogeneidade de mistura e o armazenamento seguro de medicamentos para evitar riscos de contaminação cruzada. A escolha de um laboratório adequado para realizar os testes também é uma etapa fundamental a ser considerada.