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Programa catarinense de combate à Aujeszky é modelo para o Brasil

<p>Estado registrou o último surto da doença, que ataca suínos, em 2004.</p>

Redação (30/10/06) – Santa Catarina é o único Estado brasileiro considerado área livre da doença de Aujeszky, doença viral que ataca suínos e traz prejuízos ao setor produtivo, ao mercado de reprodutores e às exportações. A condição privilegiada é resultado do programa de erradicação da doença, iniciado em 2000 e que congregou os governos federal e estadual, empresas públicas, agroindústrias e produtores de suínos.

O último surto de Aujeszky foi registrado em julho de 2004. Estamos no caminho para transformar o Estado em área livre sem vacinação explicou Janice Ciacci Zanella, integrante do comitê técnico do programa e pesquisadora da Embrapa Suínos e Aves.

O programa também mudou a postura dos produtores. O principal cuidado para o controle da doença da Aujeszky é em relação à procedência dos animais. Depois do programa, os suinocultores catarinenses passaram a comprar animais somente de granjas que possuem certificado de rebanho livre de Aujeszki.

Por parte da pesquisa, o programa também deu uma contribuição importante. A Embrapa está desenvolvendo o primeiro kit nacional de diagnóstico da doença, que deve ficar pronto em 2007. O kit permitirá um controle mais eficiente e mais barato da doença, facilitando a criação de programas de erradicação em outros Estados.

O Programa de Erradicação da Doença de Aujeszky em Santa Catarina investiu R$ 11 milhões para examinar todas as propriedades que criam suínos no Estado, abater os animais infectados, indenizar os produtores e aplicar vacinas preventivas. O dinheiro gasto no programa é bem menor do que o prejuízo provocado pela doença.

Nossa estimativa era de que somente a perda de animais provocada pelo vírus de Aujeszky retirava R$ 1 milhão por ano da cadeia produtiva de suínos no Estado afirmou Janice.

Da experiência catarinense surgiu o Plano Nacional de Controle da Doença de Aujeszki, coordenado pelo Ministério da Agricultura e atualmente disponível para consulta pública.