Seguindo os passos dos países mais desenvolvidos, a indústria avícola brasileira conta com mais uma ferramenta para o controle da salmonelose aviária. A Merial Saúde Animal acaba de lançar a vacina Gallimune SE+ST, que já vem sendo promovida em eventos regionais desde agosto. Está é mais uma opção que amplia o leque de produtos na prevenção da Salmonella Enteridis (SE) e a Salmonella Typhimurium (ST).
“O monitoramento destas bactérias, que podem estar associadas a tóxico infecções alimentares em seres humanos, é um dos grandes objetivos da indústria avícola, aliadas a inúmeras outras medidas de biosseguridade”, ressalta Jeovane Pereira, gerente de produtos e serviços técnicos de avicultura da Merial. “Quando o assunto é salmonelose, a vacinação das aves é essencial e deve ser considerada como ferramenta central de um conjunto integrado de ações, no qual o principal objetivo não é a erradicação do patógeno, mas sim o seu controle”, conclui.
Gallimune SE+ST é a primeira bacterina (vacina composta de bactérias inativadas) da Merial contra a salmonelose, produzida por meio de um novo conceito na produção de vacinas inativadas: A fermentação controlada de nutrientes. Nesse caso, a imunização das aves é feita durante o período de recria das aves, o que estimula a produção de altos níveis de anticorpos, reduzindo a taxa de excreção fecal (SE+ST) e a transmissão vertical (SE) no período de produção de ovos.
“O desafio da Merial com Gallimune SE+ST foi obter uma emulsão que apresentasse a melhor relação entre inocuidade e proteção. Esse processo de cultivo permite obter elevadas concentrações bacterianas sem o uso de métodos mecânicos, como a centrifugação ou a microfiltração. Graças a esta inovação, as bactérias não são estruturalmente danificadas, conservando sua imunogenicidade. No método convencional de produção, os processos mecânicos podem alterar profundamente a morfologia dos antígenos.”, explica Jeovane Pereira.
O programa de vacinação recomendado para Gallimune SE+ST contempla duas doses: primeira imunização a partir de 6 semanas de idade e a segunda dose no mínimo duas semanas antes do início da produção. Uma alternativa é o uso de vacinas inativadas na revacinação de aves pré-imunizadas com vacinas vivas de salmonella. Trabalhos científicos demonstram que a associação de vacinas vivas e inativadas melhora o espectro da ação contra outros sorovares de salmonelas.