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Quatro vacinas tentam controlar a circovirose no mundo

<p>Quatro vacinas estão sendo estudadas neste momento para combater a circovirose, doença que preocupa suinocultores do mundo inteiro.</p>

Redação SI (01/10/07) – Vários resultados das vacinas foram apresentados durante a Conferência de Suínos Allen Leman 2007, o mais importante evento científico dos Estados Unidos sobre sanidade suína, realizada de 17 a 20 de setembro em Saint Paul, estado de Minnesota. "Pelo que foi apresentado, as vacinas conseguem reduzir de 50% a 60% a mortalidade em rebanhos atingidos pelo circovírus", afirmou o pesquisador Nelson Morés, da Embrapa Suínos e Aves, empresa de pesquisa agropecuária vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

A participação de Morés no evento foi importante porque o pesquisador é um dos responsáveis pelo teste no Brasil de uma das vacinas apresentadas nos Estados Unidos. "Ainda não temos resultados do efeito no rebanho brasileiro", antecipou o pesquisador. Morés apresentou também na conferência um trabalho sobre o controle da circovirose por meio do uso de plasma Spray Dry.

Depois da conferência, o pesquisador participou ainda de uma reunião técnica na empresa que fabrica o plasma, que é norte-americana. "Em todos os momentos foi possível coletar informações muito interessantes sobre o modo de atuação do plasma no controle de circovirose", concluiu Morés.

Foco na PRRS e Circovirose

A Conferência de Suínos Allen Leman 2007 deu atenção especial à Doença Reprodutiva e Respiratória dos Suínos (a doença é conhecida pela sigla em inglês PRRS), circovirose e diarréias em leitões de maternidade. A PRRS ataca o sistema reprodutivo das fêmeas, provocando principalmente abortos, natimortos, mumificação fetal, má formação dos leitões e problemas respiratórios. No Brasil, a PRRS ainda não foi diagnosticada, mas é preciso manter a atenção para que caso chegue ao país seja rapidamente diagnosticada. O Brasil possui um programa para tentar evitar a entrada da doença, em especial pela importação de animais ou sêmem de países em que o problema ocorre.

De acordo com Nelson Morés, ficou claro durante a conferência que o maior perigo é a soma de doenças. "Em rebanhos que combinam a circovirose com a PRRS o problema é grave e a mortalidade no rebanho é expressiva. No Brasil, ainda não vivemos essa situação, que já foi anotada em muitas granjas no mundo, onde a suinocultura é importante. Governo, agroindústrias e produtores precisam estar atentos para diagnosticar casos suspeitos e, em caso de resultado positivo, implementar com urgência um programa de controle e erradicação", recomendou Morés.