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Rabobank prevê efeito restrito no mercado de aves da Europa

<p>Consumo de frangos da Europa se torna mais restrito pelo efeito da gripe aviária.</p>

Redação (08/02/07) – O surgimento da gripe aviária no Reino Unido provocará efeito no consumo de frangos da Europa mais restrito que o causado em 2006, quando Itália, França e Alemanha registraram casos da doença, conforme o Rabobank (banco europeu de crédito corporativo). Emma Cardy-Brown, analista industrial do banco no Reino Unido, observa que o consumo de carne de frango na região recuou 15% neste mês, após o surgimento da doença em uma fazenda de perus, no leste da Inglaterra.

Em 2006, o consumo chegou a cair 70% na Itália, 20% na França e 10% no norte da Europa, após o surgimento da doença. “Os consumidores têm mais consciência sobre os riscos de contaminação da gripe aviária a partir do consumo da carne de frango, por isso o temor não provocou grande efeito no consumo”, afirmou Emma, durante evento realizado pelas empresas IBC e AgraFNP.

Ela observou que, antes mesmo da chegada da gripe aviária ao bloco europeu, os consumidores do Reino Unido viveram seu momento de “pânico” com o surgimento de casos do mal da vaca-louca em rebanhos bovinos, em 1996.

Emma também ressaltou que o Reino Unido exporta ao bloco europeu volumes menores que Itália e França, o que pode facilitar o trabalho de restrição do risco de disseminação da doença no bloco. Conforme dados do Conselho Britânico de Aves, o Reino Unido exporta 270 mil toneladas de carne de frango por ano.

Para Loek Boonekamp, diretor da divisão de agronegócios e mercados da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE, grupo que reúne 30 dos países mais desenvolvidos do mundo), o surgimento dos casos poderá favorecer a entrada efetiva das carnes produzidas por Romênia e Bulgária, que aderiram à União Européia em janeiro. O bloco exigem que os dois países atendam a uma série de exigências fitossanitárias para comercializarem produtos de origem animal, principalmente porque Bulgária e Romênia já registraram casos de “língua azul” e peste suína clássica.

Ontem, a Agência de Proteção à Saúde do Reino Unido informou que um veterinário, que adoeceu após auxiliar no trabalho de contenção do foco de gripe aviária em Suffolk, leste da Inglaterra, não estava contaminado pelo vírus H5N1. Conforme informou a agência Dow Jones Newswires, o veterinário tinha uma gripe comum. (CB)