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SC abate 80 mil suínos

Animais contaminados pela doença de Aujeszky foram abatidos e agora as granjas estão limpando e desinfectando as instalações para receber novos suínos.

Redação SI 23/01/2003 – Em Santa Catarina, 80 mil porcos foram abatidos na luta contra o Mal de Aujeszky, doença fatal para os suínos. As granjas que passaram pelo vazio sanitário começam a receber novas matrizes. Na região de Lajeado dos Pintos, interior de Concórdia, o criador Orides Resmine começou o trabalho de limpeza e desinfecção das instalações.

“Acabamos com todos os suínos que havia dentro da granja. Não sobrou um. A previsão era para acabar até junho, mas com as notícias os criadores se apressaram um pouco para acabar com a doença e foi muito bom porque evitou que o mal se espalhasse mais”, diz Orides.

No total, em 180 granjas do Estado, os técnicos constataram que em mais de 10% dos animais estavam com Aujeszky e despovoaram os plantéis. Foram abatidos 80 mil animais. Na propriedade do criador Cláudio Rovani a rotina mudou. As visitas são restritas e quem entra tem que vestir roupa descartável e calçar as botas plásticas. A granja passou pelo vazio sanitário de 60 dias e já recebeu as primeiras 20 matrizes livres de Aujeszky.

Vigilância – Com o abate dos animais infestados em todo o Estado começou uma nova etapa do programa chamada de vigilância epidemiológica, uma espécie de quarentena. Os técnicos vão fazer um monitoramento permanente nas áreas de risco.

A pesquisadora Janice Zanela faz parte da coordenação do Programa de Erradicação. Ela explica que as granjas que foram repovoadas vão ser feitas as análises a cada dois meses e se algum novo foco surgir a propriedade vai ser interditada. Para a pesquisadora, é necessário ter cautela. O programa venceu a primeira etapa, mas para declarar o Estado livre de Aujeszky pode levar algum tempo. “Não sabemos ainda quanto tempo, um ou dois anos. Mas é um trabalho que requer dedicação”, diz Janice.

As indenizações aos criadores que tiveram os animais abatidos devem ultrapassar os R$ 6 milhões. A doença é fatal para o leitão, mas não é transmissível ao homem.