Da Redação 28/04/2005 – A sanidade animal é vital para a economia catarinense pois dos US$ 1,25 bilhão exportados no 1o. trimestre, US$ 196,2 milhões foram em frango e US$ 114,6 milhões em suínos.
Para manter esse índice SC precisa investir R$ 40 milhões em sanidade animal nos próximos dois anos. Isso além dos R$ 22 milhões anuais que a Companhia Integrada para o Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) tem no orçamento para manter a estrutura de 450 veículos, 980 funcionários, 250 barreiristas contratados e 43 barreiras nas divisas com PR, RS e na fronteira com a Argentina.
O presidente da Cidasc, Wilmar Carelli, contestou a informação de que haveria falta de combustível para fiscalização. Mas reconheceu que a estrutura é limitada para manter o atual status sanitário de SC, que é o único Estado brasileiro livre de aftosa sem vacinação. Isso garantiu exportações à Rússia no ano passado enquanto o restante do país estava bloqueado.
Carelli afirmou que um projeto de R$ 40 milhões está sendo acordado com as agroindústrias para ampliar o serviço de defesa sanitária. Os recursos seriam investidos na contratação de 77 veterinários, veículos e equipamentos, em dois anos.
O presidente do Sindicato das Indústrias da Carnes e Derivados de SC, Paulo Oliveira, disse que a proposta de reforçar a vigilância sanitária faz parte de um esforço conjunto das agroindústrias e do governo para criação de um circuito pecuário catarinense. O objetivo é atender exigências para entrar com carne suína na União Européia e Japão. Dentro de três semanas será feita uma reunião com o governo do Estado e representantes das agroindústrias, para tentar encaminhar um acordo.