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SC é o primeiro Estado a criar infra-estrutura para evitar influenza aviária

<p>O Plano Nacional de controle da Influenza aviária dá condições aos Estados para implementar a defesa sanitária, regionalizar e compartimentalizar a avicultura.</p>

Redação AI (20/04/06)- Na avaliação do médico veterinário Sadi Domingos Marcolin, coordenador do Comitê de Sanidade Avícola das Agroindústrias do Estado de Santa Catarina e gerente de avicultura da Coopercentral Aurora, Santa Catarina continua sendo a unidade da federação mais avançada em termos de prevenção da influenza aviária e outras zoonoses.

Marcolin reuniu-se na última semana com o secretário Felipe da Luz, da Agricultura, com quem foram definidas linhas de ação conjunta entre a estrutura do Governo do Estado e das indústrias avícolas. A primeira deliberação tomada é que o Estado vai aderir ao recém-lançado plano de prevenção da Influenza Aviária do governo federal que será implementado pelo Ministério da Agricultura através da Instrução normativa 17. Em razão disso, a Secretaria da Agricultura editará algumas instruções normativas, oficializando a posição e o status sanitário de Santa Catarina, que é um dos melhores do Brasil.

Não houve, como se esperava, a decisão de fechar as fronteiras para aves produzidas em outros Estados, mas SC será a primeira unidade a disciplinar e regulamentar o controle de qualquer ave que entrar no Estado. O principal aspecto positivo é que temos uma lei que cria condições para a regionalização da avicultura.

O coordenador assinala que Santa Catarina saiu na frente dos outros Estados quando criou o Instituto Catarinense de Saúde Animal (Icasa) que está auxiliando a Cidasc na defesa sanitária animal. O Icasa, mantido pelas agroindústrias, forneceu 117 veículos e igual número de veterinários, auxiliares técnicos e auxiliares administrativos para reforçar o serviço de vigilância e defesa sanitária em território barriga-verde. Esses investimentos privados representam R$ 10 milhões em 2006 e mais R$ 7 milhões em 2007.

De acordo com Marcolin, a atual prioridade é a adequação do laboratório do Cedisa para monitoria das doenças de aves. Outro ponto é a adequação das telas dos aviários de frangos de corte. Também será necessário regulamentar a criação das galinhas caipiras, patos e gansos da agricultura familiar, de forma que essas aves sejam mantidas fechadas, como o frango industrial de corte.

O coordenador avalia que o Plano Nacional de controle da Influenza aviária dá condições aos Estados para implementar a defesa sanitária, regionalizar e compartimentalizar a avicultura. Sadi Marcolin acredita que é possível restringir ainda mais e controlar melhor o trânsito de aves entre as regiões (Estados ou compartimentos) e não incentivar a criação de aves soltas nos centros produtores de frango industrial.