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SC quer manter ganho com aves

Seminário em Chapecó debate doenças que poderiam afetar exportações.

Redação AI 07/04/2004 – 05h00 – Com os problemas sanitários na Ásia e Estados Unidos, as exportações brasileiras de aves cresceram 40% em fevereiro em faturamento em relação a fevereiro de 2003, chegando a US$ 187,4 milhões.

Como Santa Catarina responde por 33% das exportações, veterinários e técnicos de todo o Brasil estão discutindo em Chapecó como aproveitar o mercado e evitar que a gripe do frango chegue ao Brasil. A coordenadora do 5o. Simpósio Brasil Sul de Avicultura, Luciane Surdi, destacou que o Brasil deve aproveitar sua condição sanitária privilegiada, livre das principais doenças que são a newcastle e influenza, para agregar valor e não apenas volume. O encontro encerra amanhã, no Bristol Lang Palace Hotel, em Chapecó.

Pablo Marshal, assessor executivo da Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frangos (ABEF), disse que alguns países impõem barreiras sanitárias para conter a expansão da produção nacional, de forma até ilegal. Ele citou o exemplo de barreiras impostas por México, União Européia (em virtude do nitrofurano), Rússia, Estados Unidos, Malásia e Indonésia.

Luciane contou que o Ministério da Agricultura, em parceria com órgãos estaduais como a Companhia Integrada para o Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), está fazendo a coleta de sangue, fezes e material da traquéia de aves. A coleta está no terceiro de sete ciclos, que deve terminar em dezembro de 2004. O objetivo é comprovar que o Brasil está livre de newcastle e influenza (vírus que causa a gripe do frango) para conseguir um certificado internacional que garanta a sanidade brasileira.

Medidas para evitar contaminação

O gerente de sanidade da Sadia, Ricardo Soncini, disse que este certificado é importante pois apesar do reconhecimento do mercado ninguém mais poderá questionar a qualidade do produto nacional. Soncini destacou que outras medidas também estão sendo tomadas, como proibição da importação de material genético e controle de pessoas oriundas de países afetados pela influenza.

No campo, os produtores também são orientados. Em caso de foco, todos estarão preparados para agir rapidamente e conter a doença. O avicultor Antonio Ansolin, de Chapecó, trabalha há 26 anos no ramo.

Entre as medidas de biossegurança estão a colocação de uma placa e corrente que proíbem o acesso ao aviário, além de um pedilúvio com solução de iodo. O acesso é restrito a pessoas autorizadas, para evitar contaminação e futuros prejuízos no mercado.