SIBISA traçará futuro de patrimônio do Brasil: A Sanidade Animal

Redação (04/09/06)- Sanidade animal é um patrimônio do país tão ou mais importante que as reservas de minérios e petróleo. Preservá-la significa garantir o futuro de nossos filhos e netos. O alerta foi feito por Ariel Antonio Mendes, vice-presidente técnico científico da União Brasileira de Avicultura e representante do Brasil no Comitê Interamericano de Sanidade Avícola da OIE, em recente artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo. Cabe a setores chave do agronegócio, como a avicultura, discutir as conseqüências do que foi dito por ele.

A afirmação faz todo o sentido para a agroindústria avícola. Se em 2005 foram produzidas 9,3 milhões de toneladas de carne de frango no Brasil, das quais 2,8 milhões foram exportadas para cerca de 150 países, também crescem cada vez mais as barreiras aos embarques nacionais, especialmente as sanitárias, técnicas e ambientais.

Em particular, países em desenvolvimento — como o Brasil –, têm sido fortemente afetados por instrumentos como esses que, em vários casos, inviabilizam a produção, dadas as suas restrições financeiras e infra-estruturais. Para ilustrar, os consumidores europeus comem o frango mais caro do mundo (cerca de 3.335 euros a tonelada dos cortes desossados), devido a cotas fixadas por seus governantes à importação do frango e outros entraves sanitários.