Redação (12/04/07) – Segundo o Médico Veterinário da Uniquímica, Carlos Tadeu de Castro, não existe nenhuma técnica similar aplicada no Brasil.
Segundo Castro, este trabalho teve início em 2001, quando em uma granja de 1.200 matrizes na cidade mineira de Ponte Nova, alguns leitões começaram a refugar na creche. "Nesta ocasião, não conseguimos diagnosticar nenhuma doença conhecida", afirmou. "Como tínhamos à época uma relação técnica com colegas na Europa, passamos para eles os sintomas", explicou. Os técnicos europeus então solicitaram alguns materiais para exames. "Enviamos alguns órgãos e foi dado o diagnóstico de Circovirose Suína", disse. "Fomos então a Portugal para conhecermos mais a doença e trouxemos de lá uma técnica de Soro auto-imune, que introduzimos nesta granja, e obtivemos grande sucesso", destacou o Médico Veterinário.
Carlos Tadeu de Castro afirmou que não existe nenhuma técnica similar aplicada no Brasil. O custo gira em torno de um cevado para cada 300 leitões a serem tratados. "A carcaça do cevado pode ser aproveitada, portanto, o custo é praticamente zero", explicou Castro.
A aplicação da técnica do soro auto-imune não implica em diferenciação das questões sanitárias dentro da granja, nem no manejo. "Ambos os fatores devem ser os mesmos, porém, com pequenas adaptações", disse.
Carlos Tadeu de Castro afirma ser amplamente viável a nova técnica. "Pois é simples, eficiente do ponto de vista científico e de baixo custo, e além do mais, é aplicável em qualquer granja, seja ela, grande ou pequena", disse.
Uma granja com Circovirose Suína pode gerar uma mortalidade de cerca de 20%, ou até mais, chegando até a 60% na creche. A Embrapa já realizou estudos sobre o Soro Auto-imune e já comprovou sua eficácia, cientificamente.