Redação SI (26/06/07) – Nos últimos dias, as manchetes dos jornais estamparam os efeitos da Operação Tributo. Foi uma ação rápida, enérgica e objetiva em favor do bem econômico mais importante para o Estado no momento: o status sanitário diferenciado.
Desde 22 de maio, Santa Catarina passou a ser reconhecida internacionalmente como zona livre de febre aftosa sem vacinação, uma certificação que ainda está sendo comemorada. As operações desencadeadas pela polícia e Ministério Público resultaram na detenção de pessoas que ocupavam cargos públicos e privados e atuavam no transporte, recepção e distribuição de cargas de carne vindas de MS e SP.
As investigações apontaram que além dos R$ 17 milhões em impostos sonegados, esse grupo contribuía para a entrada e disseminação de doenças de importância econômica, como a própria aftosa.
O surgimento de uma epidemia de aftosa implicaria na imediata suspensão dos embarques internacionais, o que provocaria queda no nível de emprego e perdas milionárias.
Somente nos primeiros quatro meses do ano, os frigoríficos catarinenses faturaram US$ 422 milhões com as exportações de aves e suínos. As vendas de frango cresceram 21,4% em relação ao primeiro quadrimestre de 2006, ocupando, assim, o primeiro lugar na pauta de exportação do Estado.
Os dados mostrados pela Fiesc denotam que o agronegócio está em franca expansão e merece ser tratado com maior seriedade. A entrada de carne com osso de estados do Brasil onde já ocorreram casos de febre aftosa representa um risco que pode ser evitado com maior investimento na contratação de pessoal qualificado, na aquisição de tecnologia adequada e no fortalecimento das ações policiais, a exemplo do que já foi realizado pela Operação Tributo.