Redação SI 17/04/2003 – O medo de que a doença de aujeszky ultrapasse a divisa de Santa Catarina e atinja o rebanho suíno gaúcho mobilizou criadores da Região Noroeste ontem, em Santa Rosa. Reunidos com a diretora do Departamento de Produção Animal da Secretaria de Agricultura, Ildara Vargas, os suinocultores exigiram rigor do Estado na fiscalização do ingresso de exemplares catarinenses para evitar uma suspensão das exportações para a Rússia. A entrada dos animais é permitida, desde que acompanhada de documentos comprovando que os suínos são provenientes de uma área livre da doença. – Queremos que seja intensificada a fiscalização para prevenir o ingresso de animais de forma clandestina – afirma o presidente do núcleo de criadores de suínos de Santa Rosa, Vitor Daniel De Conti. Em uma carta de reivindicações, que Ildara encaminhará à secretaria e ao Ministério da Agricultura, os suinocultores propuseram ações como a criação de dois pontos para a entrada dos animais no Estado e a inclusão da sorologia dos porcos nos documentos expedidos pelo órgão sanitário. Como providência emergencial, o departamento definiu que, hoje, barreiras fixas integradas por veterinários, auxiliares e policiais militares deverão ser formadas em Iraí, Nonoai e entre Mariano Moro e Severiano de Almeida. Rússia aguarda esclarecimentos Mesmo depois do anúncio da reabertura do mercado russo à carne suína catarinense no início deste mês, as exportações do produto permanecem suspensas. A Rússia aguarda mais esclarecimentos sobre o controle da doença de aujeszky no Estado de Santa Catarina.
As medidas |
As reivindicações da Carta de Santa Rosa: |
O caminhão que ingressar no Estado deve estar lacrado. |
O documento expedido pelo órgão sanitário que comprova que o animal é proveniente de área livre de aujeszky deve conter a sorologia da granja. |
A fiscalização deve ser ampliada na divisa e na fronteira. |
As indústrias devem ser notificadas dos riscos que estão correndo ao trazer animais de outros Estados. |