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Trânsito de aves e suínos é liberado

<p>Em reunião realizada ontem, Santa Catarina e Rio Grande do Sul reestabelecem, com algumas restrições, o fluxo, entre os dois estados, de pintos de um dia, ovos férteis e suínos vivos para recria, engorda e abate.</p>

Da Redação 25/10/2005 – O trânsito de suínos, aves e seus subprodutos entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul foi restabelecido com algumas restrições ontem, após reunião entre representantes do setor e autoridades sanitárias dos governos federal e estadual. De acordo com o chefe do Serviço de Sanidade Agropecuária do Mapa no Estado, Bernardo Todeschini, foi regularizado o fluxo, entre os dois estados, de pintos de um dia, ovos férteis e suínos vivos para recria, engorda e abate, interrompido após o anúncio de focos suspeitos de febre aftosa no Paraná. “Encaminhamos uma proposta para que o governo catarinense viabilize o ingresso seguro no RS de produtos de outros estados. Pedimos que seja feita uma análise sobre o local de melhor estrutura de defesa sanitária animal para o estabelecimento de um corredor.”

Conforme o diretor técnico do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado (Sips), Rogério Kerber, os animais deverão ser transportados em veículo desinfetado, lacrado, com lacre oficial e Guia de Trânsito Animal (GTA) assinada por um técnico. “As medidas são adequadas porque o sistema sanitário do Paraná preocupa. E devem ser restritivas até que se conheça a extensão do controle da aftosa do estado.” Kerber esclarece ainda que fica retomada uma ””correlação”” entre agroindústrias gaúchas e catarinenses para a produção de determinado tipo de matéria prima que complemente o processo industrial. Segundo o presidente da Associação dos Criadores de Suínos do RS (Acsurs), Valdecir Folador, a queda na remuneração ao produtor é o reflexo mais imediato da aftosa. Em quinze dias, explica, o preço do quilo vivo pago ao suinocultor integrado caiu de R$ 2,05 para R$ 2,00, enquanto o produtor independente, que recebia até R$ 2,15 pelo quilo, passou a R$ 2,05 em média. As barreiras a animais de outros estados abre ao menos a possibilidade de ampliar o mercado para a produção local.

O encontro definiu que, com exceção de PR e MS, os derivados de couro poderão atravessar a divisa, desde que submetidos a tratamento “para inativação do vírus”, acrescenta Todeschini. Com relação à carne bovina, segue proibido o ingresso total de corte com osso e carne desossada só entra de SC. “Santa Catarina não é fornecedora de carne para consumo aqui, só pequenas quantidades”, informa o diretor do Sicadergs, Zilmar Moussalle.