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Bem-Estar

Transporte correto influência no sabor da carne de frango

Com a chegada do inverno, viabilizar um aquecimento adequado para as aves durante o transporte do aviário ao abatedouro é um importante passo para garantir uma boa produtividade e ressaltar os princípios do bem-estar animal.

Transporte correto influência no sabor da carne de frango

Com a chegada do inverno, viabilizar um aquecimento adequado para as aves durante o transporte do aviário ao abatedouro é um importante passo para garantir uma boa produtividade e ressaltar os princípios do bem-estar animal. A condução com temperatura correta evita influências negativas no sabor da carne, provenientes de estresses.

Segundo a publicação do Sindiavipar, em dias frios, como no inverno, o período mais apropriado para se transportar a carga avícola é o horário mais quente do dia, entre 10h e 14h. No contrário, em época de verão, o correto é conduzir os frangos no período noturno, evitando altas temperaturas e favorecendo o bem-estar das aves, o que reduz as perdas por mortalidade e resulta em carne de melhor qualidade. Em alguns casos, devido ao estresse, algumas av es chegam a liberar toxinas que influenciam e interferem no sabor da carne depois de processada.

A Embrapa também orienta que o número de aves colocadas em cada caixa transportadora deve receber atenção especial. A decisão para essa variável deve considerar o sexo e o peso das aves, além de fatores como clima e distância do aviário ao abatedouro. “O número de fraturas ósseas é reduzido quando as aves podem mover-se no interior das caixas transportadoras. A disponibilidade de oxigênio também é um fator decisivo no transporte dos frangos, uma vez que quantidades reduzidas de oxigênio podem resultar em asfixia das aves, ou gerar coloração anormal na ave. Para que a circulação do ar seja facilitada, é necessário que haja espaços entre as fileiras das caixas no veículo transportador, e as caixas devem estar limpas, uma vez que excretas e penas dificultam a passagem do ar”, explica o órgão. 

     
Além disso, no processo de carregamento é desejável que o caminhão possa entrar no aviário e chegar perto de onde está sendo feita a apanha. Mas os aviários antigos ou os mal projetados, impedem a entrada dos caminhões fazendo com que haja maior movimentação das caixas contendo as aves. “Usar um sistema de canos de PVC, distanciados 50 cm para facilitar o deslizamento das caixas, deslizando sempre duas a duas. Toda e qualquer batida, ou movimentos bruscos devem ser evitados. Um sistema também de canos, tipo escada, ou esteira, deve ir do chão até a altura da carroçeria para deslizar suavemente as caixas”, sugere a Embrapa ressaltando que as pessoas que ficam em cima do caminhão, tem que ser as mais experientes e eficientes para evitar as batidas e as contusões.
     
Deve-se manter um ponto de equilíbrio quanto ao número de caixas na altura de 7 a 8, já que sabe-se, que as duas últimas fileiras são responsáveis por 40% das hemorragias de peito. A maneira de transportar as caixas nos caminhões é bastante variada. Normalmente usa-se o sistema de canos laterais e de cobertura: tela, ou simples amarrações que deverão dar garantias para que as caixas tenham um mínimo de movimento, sem risco de acidentes, já  que no momento que uma caixa se solte, outras sofrerão o mesmo processo.
    
Os motoristas que transportam aves, devem ser bem treinados e ter noção exata da carga que estão transportando, ter idéia do número de aves que morrem normalmente no carregamento e transporte, além do conhecimento das lesões  que podem ocorrer. O transporte das aves no período noturno é vantajoso por evitar temperaturas elevadas, favorecendo o bem estar das aves, o que reduz as perdas por mortalidade e resulta em carne de melhor qualidade.