Redação (13/04/07) – Uma vacina experimental contra o influenza (gripe), feita a partir de células de inseto, demonstrou ser segura e capaz de produzir uma resposta imunogênica em adultos saudáveis. A conclusão é de estudo divulgado na edição mais recente da revista JAMA, publicação da Associação Médica Americana.
Os resultados preliminares podem levar a uma produção mais acelerada de vacinas contra o influenza ou contra a gripe aviária, causada pelo temível vírus H5N1 em caso de pandemia, acreditam pesquisadores da Universidade de Rochester, no Estado de Nova York.
Pelo método de produção atual, as vacinas contra gripe são cultivadas em ovos de galinha. Mas o sistema demanda instalações especiais e muitos meses de produção, evidentemente um obstáculo em caso de pandemia, quando é crucial produzir grandes quantidades em curto prazo.
Os investigadores produziram a vacina experimental a partir da hemaglutinina de um vírus de inseto recombinado. A hemaglutinina é uma proteína do vírus que provoca a aglutinação de glóbulos vermelhos.
O estudo clínico da vacina foi aplicado a 460 adultos saudáveis em três centros hospitalares dos Estados Unidos. O monitoramento foi realizado entre 2004 e 2005, durante as temporadas de maior incidência de gripe.
Vacinas celulares recombinadas são utilizadas há 20 anos com êxito contra a hepatite B, e mais recentemente contra o papilomavírus humano (HPV), responsável por 70% dos casos de câncer de colo do útero.
Há investigações em curso para o desenvolvimento de vacinas, com base nos mesmos pressupostos científicos, contra o vírus HIV, causador da aids.
GRIPE AVIÁRIA
Pelo último balanço oficial da Organização Mundial da Saúde (OMS), emitido na quarta-feira, o número de pessoas infectadas pelo H5N1 em todo o mundo chegou a 291. Destes casos, 172 foram fatais (taxa de mortalidade de 59%).