Os pecuaristas gaúchos investiram pelo menos R$ 5,33 milhões na compra de vacinas para imunizar bovinos e bubalinos com até 24 meses na segunda etapa de campanha de vacinação contra a aftosa, que se encerra hoje. O aumento de até 18% no custos das doses pesou no bolso dos produtores mesmo com o aumento da concorrência entre laboratórios fabricantes. Neste ano, além de Pfizer, Merial, Coopers, Vallée e Intervet, o país também recebeu doses da Inova e Ourofino.
Nesta campanha, o preço da dose variou entre R$ 1,30 e R$ 1,40, valores superiores aos praticados em 2009, entre R$ 1,10 e R$ 1,20. Para o presidente da Farsul, Carlos Sperotto, o Estado precisa manter o seu status de livre de aftosa com vacinação, mas o produtor não pode ser onerado por isso. “A alta de preço dos bovinos não é justificativa para que se elevem preços.”
Somente no RS, as etapas de vacinação demandam 20 milhões de doses, sendo que 15 milhões são adquiridas pelos produtores rurais. A campanha de novembro envolveu 5,5 milhões de animais e foi prorrogada devido a atraso nas doações. Segundo o chefe do Serviço de Doenças Vesiculares da Seappa, Fernando Gröff, mais de 90% do rebanho em foco deve ter sido imunizado. Em 2009, o índice foi de 92,16%.