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Vacinação contra aftosa na fronteira termina no sábado

<p>Atualmente os animais estão identificados, para saber com certeza se são animais do Paraguai ou do Brasil.</p>

Redação (17/12/2008)- São mais de 300 funcionários da Iagro, Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal. Em toda a zona de alta vigilância são 12 postos de fiscalização. Percorremos 60 km pela linha internacional acompanhados pelo inspetor regional da Iagro.

A reportagem mostrou a primeira barreira volante de fiscalização sanitária, no Paraguai. Aristides Britos é coordenador da Zona de Alta Vigilância no país vizinho. Ele conta que o trabalho que está sendo feito no Brasil também acontece em território paraguaio. Os animais são brincados e a vacinação é feita no mesmo período.

"Atualmente, estão identificados, podemos saber com certeza se são animais do Paraguai ou do Brasil. O brinco do Paraguai é vermelho e do Brasil é verde e amarelo", explicou Britos.

Do lado do Brasil, os funcionários da Iagro também ajudam no monitoramento e na vacinação do gado das mais de 5,2 mil propriedades que estão na fronteira.

Uma das principais mudanças na região é a construção de currais coletivos nos assentamentos da área. São cinco espalhados nos 4.500 hectares do assentamento Piaçavana, o maior de Japorã. Cada um custou R$ 15 mil. Dinheiro doado pelo Sindicato Rural de Eldorado e por grandes criadores da região. Seu Valdemar e dona Jenilda têm 27 vacas que produzem 100 litros de leite por dia. Eles acham que o curral facilita o trabalho e garante que a vacinação seja feita de maneira correta.

“Atualmente está mais organizado apesar da mangueira ser menor, mas devido à escala é melhor para o produtor que tem horário marcado para ele fazer. Fica mais fácil“, afirmou o produtor.

Enquanto os técnicos da Iagro vacinam o gado de Seu Valdemar, já tem uma boiada de um outro agricultor do assentamento, esperando nesse piquete para receber as doses. Além de serem vacinados, eles também terão os brincos trocados.

Atualmente o trabalho é todo separado. Os animais dos lotes não se misturam. É o técnico da Iagro é quem aplica as doses. O produtor só acompanha.

“O técnico fazendo a vacinação eles vão vendo qual a melhor maneira de fazer a vacinação e a conservação da vacina”, explicou Nilson José Fiorenza, o veterinário da Iagro.

No final de julho, Mato Grosso do Sul reconquistou o status sanitário internacional de estado livre de aftosa com vacinação.