O agronegócio é responsável por 25% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e um terço dos empregos. Em 2009, representou 42% das exportações, com US$ 64,7 bilhões dos US$ 152,2 bilhões exportados pelo Brasil. Para este ano, a estimativa do Ministério da Agricultura é que as remessas de produtos e mercadorias para outros países rendam US$ 73 bilhões para o setor.
Soja, carnes, açúcar e produtos florestais são os produtos mais exportados. Algumas barreiras comerciais impostas por outros países ainda atrapalham a abertura de novos mercados para os produtos nacionais, principalmente a carne.
O país é autossuficiente na maioria dos alimentos que consome, sendo chamado como celeiro do mundo, por produzir para o consumo interno e ainda assim ser o maior exportador mundial de alguns produtos. No entanto, cerca de 50% do trigo consumido por quase todos os brasileiros na forma de pães, biscoitos e bolos, precisam ser importados.
Uma das maiores dependências da agricultura nacional, reconhecida como a maior agricultura tropical do mundo, é a importação de fertilizantes. O Brasil importa mais de 60% dos produtos utilizados na fabricação de adubos – fósforo, nitrogenados e potássio – com gastos que chegam a US$ 10 bilhões anuais.
De acordo com o último Censo Agropecuário do IBGE, de 2006, há no país cerca de 5,2 milhões de propriedades rurais, a maioria em posse de produtores familiares. A agricultura é a atividade econômica em 51,5% delas, enquanto a pecuária é predominante em 44%, a produção florestal, em 4%, e a pesca e aquicultura, em 0,5%.
Com tecnologias desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e financiamentos com juros reduzidos, o governo incentiva, atualmente, a integração lavoura-pecuária-floresta, objetivando diversificar a renda do produtor e o aumento das áreas de florestas plantadas.
Uma das questões que mais aflige boa parte dos agropecuaristas é a demora para a atualização do código florestal brasileiro. Muitos produtores estão, de acordo com a legislação atual, em situação irregular. Depois de mais de um ano de negociações entre os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, o governo resolveu deixar a decisão para o Congresso, que está propondo as alterações.