Impulsionadas pelas perspectivas amplamente favoráveis para os negócios nos EUA, as ações da JBS renovaram sua máxima histórica nesta quinta-feira. Os papéis da companhia fecharam a R$ 34,51, valorização de 3,6%. A empresa dos irmãos Batista vale R$ 86,6 bilhões na B3.
O aumento do valor de mercado da JBS ganhou força desde a divulgação, em março, dos bons resultados de 2020, com dividendos gordos e recompra de ações. No ano, as ações da JBS acumulam valorização de 46% — é a quarta maior do ano, atrás de Braskem, Embraer e CSN.
Com isso, a companhia ganhou R$ 23,6 bilhões em valor de mercado. Só o acréscimo de market cap de 2021 é maior que o valor dos principais concorrentes (BRF, Marfrig e Minerva).
A Minerva, que só produz carne bovina na América do Sul, também valorizou-se neste ano, o que reflete os efeitos positivos da demanda da China — sobretudo com o reaparecimento de focos da peste suína africana no país asiático. Neste ano, suas ações subiram 17,25%. A Minerva vale R$ 6,1 bilhões.
De modo geral, o cenário para o mercado americano também vem beneficiando a Marfrig, que é dona da quarta maior indústria de carne bovina do EUA. As ações da companhia de Marcos Molina acumulam valorização de 34,8% no ano. Os papéis da Marfrig atingiram seu maior patamar em 11 anos, com o valor de mercado em R$ 13,7 bilhões.
A BRF é outra que se valorizou, embora em menor magnitude. No ano, as ações da dona da Sadia subiram 10%, com a companhia valendo R$ 19,7 bilhões.
O desempenho das ações dos frigoríficos brasileiros é bem superior ao Ibovespa, que subiu apenas 1,4% em 2021.