O Brasil perde, por safra, US$ 750 milhões em grãos, como soja e milho, por conta de gargalos logísticos durante o transporte para exportação, afirmou a diretora executiva da VLI, Carolina Hernandez, na segunda-feira (29).
Hernandez ressaltou que houve crescimento nas capacidades da malha ferroviária brasileira e das hidrovias, mas, ainda assim, a competitividade segue inferior à de concorrentes na exportação de commodities.
Com base em dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), Hernandez comentou que, no Brasil, o modal rodoviário para escoamento de soja e milho representa 38% do transporte, enquanto nos EUA este percentual fica em 14%. Por outro lado, as hidrovias representam 19% para os brasileiros e 55% para os americanos.
O custo logístico total para transportar uma tonelada por caminhões chega a ser três vezes superior à despesa em ferrovias, de acordo com a executiva da VLI. Na comparação com as hidrovias, o custo para transporte por rodovia chega a ser seis vezes maior.
Para solucionar estes gargalos, ela acredita que a chave é a integração, além de aumento nas capacidades das matrizes ferroviária e hidroviária. “Só com integração vamos conseguir competitividade para que os modais brasileiros concorram com os demais países.”