O dólar abriu em alta nesta terça-feira (29).
Às 9h03, a moeda norte-americana 0,30%, cotada a R$ 4,9426.
Na segunda-feira, o dólar fechou em queda de 0,20%, a R$ 4,9278. No mês, o recuo é de 5,68%. Em 2021, a queda é de 5% frente ao real.
Cenário
Na cena externa, permanecem as preocupações de que as infecções pela variante Delta do coronavírus possam prejudicar a recuperação econômica global, enquanto investidores evitam fazer grandes apostas antes de dados de emprego dos Estados Unidos, que podem influenciar a política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).
Por aqui, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) define o valor do reajuste das bandeiras tarifárias – taxa extra na conta de luz que é aplicado quando o custo de produção de energia aumenta. Na véspera, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, admitiu em pronunciamento na TV que o país passa por um momento de crise hídrica e pediu uso “consciente e responsável” de água e energia por parte da população.
Na agenda de indicadores, a FGV divulgou que o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) desacelerou a ata para 0,60% em junho, depois de ter avançado 4,10% no mês anterior. Em 12 meses, porém, ainda acumula avanço de 35,75%.
“Esta é uma boa notícia no dia que devemos ver aumento na bandeira vermelha da energia elétrica e pode reverter em parte o mal humor na curva de juros”, avaliou o economista da Necton, André Perfeito.
Em meio à pressão inflacionária, analistas do mercado financeiro passaram a projetar uma elevação de 1 ponto percentual na Selic na nova reunião do Banco Central. A taxa básica de juros está atualmente em 4,25% ao ano.
Permanece também no radar as discussões em torno da tramitação da segunda etapa de reforma tributária – que desagradou a boa parte do mercado por, segundo algumas análises, implicar aumento de impostos.