O dólar opera em queda nesta quarta-feira (26).
Às 9h10, a moeda norte-americana caía 0,30%, a R$ 5,3213.
Na terça-feira, o dólar fechou em alta de 0,25%, a R$ 5,3371. No mês, ainda há queda de 1,73%. No ano, o avanço é de 2,89%.
Cenário
No exterior, o viés era positivo nesta quarta-feira, depois que comentários de autoridades do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) ajudaram a acalmar preocupações sobre a inflação.
O vice-chair do Fed, Richard Clarida, minimizou os efeitos das pressões inflacionárias na terça-feira, expressando fé na capacidade do banco central norte-americano de planejar um “pouso suave” na sua política monetária se os preços continuarem subindo além do esperado.
Por aqui, o Índice de Confiança da Construção subiu em maio, registrando a primeira alta no ano, segundo divulgou a FGV. O indicador, porém, permanece em nível inferior ao patamar alcançado no final do ano passado e ainda sinaliza a predominância de pessimismo entre as empresas.
O Ministério da Economia anuncia, às 12h, os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de abril.
“Mercados seguem com movimentos oscilantes entre a ampliação do apetite ao risco por conta de vacinação maciça, reabertura das economias, momentos de preocupação com a inflação ascendente e juros em alta”, avaliou Alvaro Bandeira, economista-chefe do banco Modalmais.
Analistas têm manifestado preocupação com o risco da inflação oficial do Brasil superar o teto da meta para o ano, que é de 5,25%. Parte das estimativas já aponta para uma taxa ao redor de 6%, em meio a preocupações com a pressão da alta nos preços das matérias-primas e de preços administrados como energia elétrica.
O mercado mantém, por ora, em 5,50% ao ano a previsão para a taxa básica de juros no fim do ano, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central. Para o dólar, a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2021 permanece em R$ 5,30.