A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgou nesta segunda-feira (01/09) dados preliminares referentes à balança comercial brasileira de agosto. Os números mostram queda na exportação e no volume de frango e carnes bovina e suína quando comparados ao mesmo período do ano passado e também em relação a julho de 2009.
Entre as três proteínas, a melhor performance no mês, em termos de rentabilidade, ficou novamente por conta das exportações de carne bovina, que apresentaram alta de 4,6% em comparação a julho no preço médio enquanto o preço do boi gordo teve retração de 5% em relação ao mesmo período. Sobre as exportações de frango, anotou a corretora Brascan: “apesar do ainda difícil cenário, esperamos uma retomada lenta e consistente nos próximos meses, com crescimento de volumes e preços”.
As exportações de frango in natura totalizaram 409,5 milhões de dólares em agosto – uma queda de 32,4% em relação ao mesmo período de 2008 e de 8,7% na comparação mensal. O volume atingiu 261,5 mil, o que representa queda de 11,8% e 9,4% nas comparações anual e mensal, respectivamente. O preço do quilo, no entanto, teve resultados melhores. Apesar da queda de 23,3% na comparação mensal, os 1,57 dólares pagos pelo quilo de frango representam um aumento de 0,8% em relação a julho.
Apesar de terem somado 256,7 milhões de dólares, as exportações de carne bovina tiveram queda de 38,5% e 7,6% nas comparações anual e mensal, respectivamente, com volume total de 72,6 mil toneladas. O preço médio de 3,54 dólares por quilo teve o melhor resultado: queda de 18,5% sobre 2008, mas alta de 4,6% em relação a julho.
Pior desempenho tiveram as exportações de carne suína, que totalizaram 79 milhões de dólares em agosto: quedas de 42,4% em relação a 2008 e 13,4% referente a julho. O volume no período alcançou 39,9 mil toneladas (-5,1% sobre 2008 e -5,4% sobre julho). Nesse caso, o preço médio por quilo, de 1,98 dólares, só apresentou queda — 39,4% sobre 2007 e -8,7% sobre julho.
Na avaliação Brascan, apesar das quedas na comparação anual e mensal, o aumento dos preços aliado à retração dos preços das principais commodities agrícolas no período, provocou um leve estímulo à rentabilidade dos exportadores brasileiros.