Uma comparação do uso de imunocastração e ractopamina e seus impactos sobre o desempenho técnico e econômico, no bem-estar animal e na segurança da carne serão debatidos pelo pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Gustavo Lima, durante a palestra “Imunocastração e ractopamina”, que vai abrir o Painel Nutrição 4.0, na Sala Suínos, no VIII CLANA (Congresso Latino-Americano de Nutrição Animal), que vai acontecer de 16 a 18 de outubro, em Campinas.
O mercado de proteína animal exige produtos de alto valor nutricional com baixo teor de gordura, além de maciez adequada e atratividade para os consumidores mais seletivos. Este desafio também inclui a produção de uma carne dentro de princípios éticos de bem-estar animal a um custo acessível e com um retorno lucrativo, defende o especialista. “A imunocastração e a adição de ractopamina às dietas são algumas das tecnologias disponíveis para atingir essas demandas”, afirmou.
Ele explica que um suíno imunocastrado é um macho imunizado contra o fator liberador de gonadotrofina (GnRF). E esta imunização contra o GnRF inibe a função testicular, melhorando assim o crescimento e a qualidade da carcaça, além de reduzir o estresse e o manejo em comparação com a castração cirúrgica.
Já a ractopamina é um agente de redirecionamento da energia consumida para síntese de carne. Além disso, ela proporciona melhora no desempenho animal e redução na gordura da carcaça, sem alterar a qualidade da carne, salientou o pesquisador.