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Internacional

Indústria de carne suína dos EUA enfrenta desafios no consumo e busca por melhorias de qualidade

Indústria de carne suína dos EUA enfrenta desafios no consumo e busca por melhorias de qualidade

A indústria de carne suína dos EUA enfrentou uma queda no interesse dos consumidores, com a Genesus, empresa de genética suína, destacando que o foco em carne mais magra e saborosa encontra-se com o consumo estagnado. A Genesus propõe melhorias na qualidade para evitar um declínio no setor, enquanto o National Pork Board realiza estudos sobre o potencial de sabor da carne suína e métodos de preparo para aumentar seu apelo.

No ano passado, o Pig Progress publicou uma avaliação de Jim Long, presidente da Genesus, sobre o impacto negativo da produção de carne suína cada vez mais magra. Segundo ele, “muitos produtores sabem que a carne que produz não é atrativa. Alguns restaurantes não incluem lombo no menu. O problema é claro: estamos produzindo lombos de gosto ruim”.

Analisando dados históricos, Long apontou que entre 1960 e 2023, o consumo médio anual de frango nos EUA aumentou de 12,7 kg para 45 kg por pessoa, enquanto o consumo de carne suína diminuiu de 26,8 kg para cerca de 24,5 kg.

A Genesus continua a alertar sobre a situação. O diretor de marketing, Spencer Long, questionou o motivo pelo qual o consumo de carne suína estagnou, destacando que pesquisas apontam o sabor como fator decisivo na escolha dos consumidores. Para ele, a indústria desconsidera o papel do sabor na venda da carne, com a desculpa de que “os consumidores não pagariam por isso”, ou que ele considerou um engano.

Apesar disso, Long enxerga uma oportunidade para o setor: garantir uma produção com sabor de qualidade para garantir o futuro dos produtores. Ele observa que cortes de carne suína de maior qualidade são exportados para mercados como o Japão, onde critérios de sabor e cor são rigorosos, enquanto o mercado interno consome produtos de qualidade inferior.

Paralelamente, o National Pork Board (NPB) investiga o “mundo de sabores” da carne suína, com estudos que mostram que diversos cortes possuem nuances de sabor que se assemelham à carne bovina. O NPB também busca romper com o mito de que cortes magros são sem sabor, afirmando que esses cortes são usados ​​em pratos variados e nutritivos.

O estudo do NPB também explora métodos de cozimento que acentuam o sabor da carne suína magra. Segundo a chef pesquisadora Rachel Gooding, técnicas como a fritura ao ar trazem notas de sabor suculentas e doces, complementando pratos com vegetais amargos ou leguminosas.

Fonte: Pig Progress