Devido às altas taxas de reposição praticadas no sistema de produção de suínos (variando de 40 a 60%), a categoria de leitoas representa o maior percentual de fêmeas do plantel, compondo de 17 a 21% dos grupos de cobertura. Leitoas selecionadas, apresentando boas condições clínicas, a partir de 150-160 dias de idade já possuem capacidade de expressar o estro puberal, principalmente quando submetidas ao manejo de estimulação diária com um macho sexualmente maduro. Porém, 10 a 25% dos animais selecionados (saudáveis e submetidos ao manejo reprodutivo) acabam por não expressar sinais de estro dentro do período estimado (~40 dias após o início da estimulação com o macho). A ausência de expressão de estro nestas condições configura o quadro de anestro que, fisiologicamente, é caracterizado pelos reduzidos níveis circulatórios do hormônio folículo estimulante (FSH) e do hormônio luteinizante (LH). Este quadro decorre da liberação irregular do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) pelo hipotálamo ou presença de folículos com número insuficiente de receptores para o LH.
Em nível populacional, a frequência de casos de anestro em leitoas é variável e uma das principais limitações envolvendo esse tema é a determinação de sua causa. De fato, alguns casos podem estar associados a falhas no manejo de estimulação do estro com o macho e/ou na identificação dos sinais característicos, implicando em quadros falsos de anestro. Já em relação aos casos verdadeiros, os principais fatores de risco envolvidos são: deficiências nutricionais, limitações de ambiência e genética. Para alguns destes casos, melhorias de manejo são suficientes para corrigir o problema. Porém, para as situações relacionadas a fatores genéticos o problema poderá persistir apesar dos ajustes de manejo realizados.
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