O Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor) atualizou a lista de frigoríficos brasileiros habilitados a exportar a seu mercado, com a inclusão das 12 plantas que tiveram a suspensão temporária retirada ontem.
Os três frigoríficos de carne bovina e os nove de carne suína, no entanto, estão sujeitos ao controle reforçado da autoridade sanitária russa. Os dez primeiros lotes de produtos exportados por essas unidades passarão por amostragem obrigatória para verificação laboratorial, destacou a Representação Comercial da Rússia no Brasil.
A medida preventiva ainda é adotada em função do risco identificado de presença do aditivo ractopamina nas cargas, motivo pelo qual as empresas tiveram as licenças de exportação suspensas em 2017.
Esse é o último estágio antes da abertura sem qualquer restrição. Todos os itens devem ser produzidos a partir do dia 25 de novembro. O anúncio ocorreu depois da viagem da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, a Moscou. “Já estamos colhendo os frutos da nossa missão oficial à Rússia”, disse.
Entre as nove plantas de carne suína reabilitadas, quatro são da BRF – em Rio Verde (GO), Lajeado (RS), Campos Novos (SC) e Lucas do Rio Verde (GO) -, uma da JBS, em Caxias do Sul (RS), e três da Seara, que é controlada pela JBS – em Três Passos (RS), Itapiranga (SC) e Seara (SC). A nona unidade é da Pamplona Alimentos, em Presidente Getúlio (SC).
A JBS também teve duas plantas de carne bovina autorizadas a exportar para a Rússia. São as unidades de Naviraí e Campo Grande, ambas em Mato Grosso do Sul. O terceiro frigorífico foi da empresa Mercúrio Alimentos, em Xinguara (PA).
Além dessas plantas, a Rússia anunciou, na semana passada, a habilitação de um frigorífico da Minerva, em Rolim de Moura (RO), e a autorização para retomada dos embarques da unidade da companhia em Mirassol d’Oeste (MT), que estava suspensa. Essas duas unidades não têm qualquer restrição ou controle aprimorado para vender carne bovina ao mercado russo.
O Brasil tem 32 frigoríficos de carne suína habilitados a exportar para a Rússia. Desses, apenas cinco têm autorização para embarques sem qualquer restrição. Os nove constantes desta reabertura estão com controle aprimorado e outras 18 unidades continuam com as exportações suspensas desde 2017.
A lista de empresas autorizadas a vender carne bovina é maior. São 57 frigoríficos brasileiros listados pelo serviço sanitário russo. Desses, 16 têm permissão para exportar sem qualquer proibição. Os três abatedouros constantes da reabertura mais recente estão com controle aprimorado e outros 46 estão com a licença de exportação suspensa, alguns desde 2014.
Nove dos 12 frigoríficos listados hoje ainda sofrem restrições no fornecimento de membranas intestinais e matérias-primas intestinais.