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MERCADO

Perspectivas para a suinocultura brasileira em 2024 são positivas, afirma consultor da ABCS

Perspectivas para a suinocultura brasileira em 2024 são positivas, afirma consultor da ABCS

Durante uma reunião da Comissão Técnica da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), Iuri Pinheiro Machado, consultor da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), apresentou uma análise otimista para a suinocultura ao longo de 2024, destacando fatores internos e externos que influenciam o setor. A apresentação ocorreu em uma videoconferência durante a reunião da Comissão Técnica de Suinocultura da FAEP na quinta-feira (16).

Machado indicou que a suinocultura pode se beneficiar de um cenário favorável em 2024, com uma oferta ajustada no mercado interno, preços potencialmente mais altos e um aumento nas exportações. As exportações brasileiras de suínos registraram um aumento de 8% entre janeiro e outubro deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. No entanto, Machado observou uma leve desaceleração nos embarques nos últimos três meses.

A China permanece como o principal comprador da carne suína brasileira, mas a reposição do rebanho chinês pode resultar em uma redução nas compras. Machado destacou que a meta da China é produzir 95% de sua demanda interna de carne suína, embora ainda precise importar 2 milhões de toneladas por ano. Em 2022, 46% das exportações brasileiras de carne suína foram para a China, mas há a possibilidade de uma redução para 35,5% até o final de 2023, com uma diversificação das exportações para outros países.

Em relação à produção, Machado mencionou uma desaceleração no volume de suínos produzidos no Brasil, mas a produção entre janeiro e setembro de 2023 foi 1,9% maior em comparação com o mesmo período do ano anterior. Destacou ainda que o consumo per capita aumentou significativamente nos últimos dez anos, de 13,7 para 20,5 quilos por habitante, representando um aumento de 49,8%.

Um ponto positivo foi a comparação dos preços dos suínos em relação a outras proteínas animais. Em 2022, a carne bovina custou, em média, 120% a mais que a suína, enquanto os cortes suínos foram 26% mais baratos que a carne de frango. Mesmo com alterações ao longo de 2023, a carne suína manteve preços 60% mais baixos que os produtos da bovinocultura e avicultura.

Machado projetou um mercado interno aquecido para a suinocultura até janeiro de 2024, impulsionado pela redução dos abates de bovinos, aumentando a competitividade da carne suína e elevando os preços. Além disso, prevê que as exportações permanecerão em níveis elevados ao longo de 2024, contribuindo para equilibrar a cadeia.

Quanto aos custos de produção, que tiveram uma queda até setembro, Machado indicou uma leve alta em outubro. O desempenho da segunda safra de milho no Brasil influenciará o peso dos insumos, possivelmente resultando em um pequeno aumento nos custos. Ele concluiu que 2024 será um ano positivo, mas com margens justas, semelhantes às de 2023. Para o longo prazo, o analista prevê uma expansão contínua da carne suína nos mercados interno e externo, ressaltando a importância de atender às exigências de bem-estar animal e meio ambiente.

Fonte: FAEP.