O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro teve alta de 3,78% no primeiro quadrimestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano passado, puxado principalmente pelo crescimento de 8,22% do segmento primário (dentro da porteira). Os dados são da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), calculados em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O bom comportamento do segmento primário pecuário é reflexo dos preços elevados em 2020, com destaque para boi gordo, suínos e ovos. O resultado reflete um efeito inercial da forte elevação ao longo de 2019, relacionada à Peste Suína Africana.
Em relatório, o banco Rabobank aponta que no primeiro trimestre de 2020, o montante de carne de frango produzida no país cresceu 3% em relação ao ano anterior, de acordo com dados parciais. Mas o setor reduziu o ritmo nos meses seguintes, devido à queda no consumo doméstico. O banco também acredita que os preços das aves devem se recuperar no segundo semestre.
Os embarques de carne de frango in natura somaram 1,974 milhão de toneladas de janeiro a junho de 2020, registrando uma variação positiva de 2%. No total as exportações da carne somaram US$ 2,9 bilhões no período, representando uma queda de 7,6% quando comparado ao primeiro semestre de 2019. A carne de frango corresponde a 2,85% das exportações totais do Brasil.
Já as exportações de carne suína in natura somaram mais de US$ 1 bilhão no primeiro semestre de 2020, registrando uma variação positiva de 55,1% quando comparado ao mesmo período de 2019. Em volume foram embarcadas 421.261 toneladas no período, com variação também positiva de 38,4%. Os dados são do Ministério da Economia.
Os preços do suíno vivo seguem se recuperando em grande parte dos estados produtores, segundo as bolsas regionais. Nesse começo de julho, o valor pago no quilo do animal vivo no mercado independente em São Paulo chegou a R$ 5,07. Até o fim do mês passado, o preço era R$ 4,80, ou seja, houve um incremento de 5,6%.
A China suspendeu no sábado passado as exportações de mais dois frigoríficos brasileiros. A Administração Geral de Alfândegas chinesa (GACC) retirou os abatedouros gaúchos de suínos da BRF em Lajeado e da JBS em Três Passos da lista de plantas autorizadas a vender ao país. Ao todo, cinco frigoríficos brasileiros já tiveram a autorização da China suspensa.
Exportadores brasileiros de carne de frango e suína estão propondo testar todos os embarques que chegam à China para provar que as cargas são seguras para consumo e evitar mais proibições do país asiático.
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