O principal objetivo da limpeza e desinfecção nos galpões de suínos é reduzir o desafio sanitário para o próximo lote de animais que entrará. Isso significa reduzir a pressão de infecção do ambiente, o que é uma tarefa desafiadora que depende do vazio sanitário realizado e do treinamento correto da equipe de lavação. É muito importante que os gestores e sua equipe estejam alinhados sobre protocolos, doses e produtos ideais, fazendo uma avaliação rotineira dos resultados pós-lavação para constante melhoria.
De maneira complementar, a capacitação da equipe como um todo também deve ser realizada, para que todos estejam cientes da importância desse processo para os resultados zootécnicos e retorno financeiro da granja. Para ajudar nisso, listei abaixo algumas dúvidas muito frequentes que encontro a campo, e que são pontos importantes para conhecimento de todos dentro da granja.
O que é “pressão de infecção” ?
Quando falamos em reduzir a pressão de infecção, estamos falando em reduzir a carga microbiológica ambiental com potencial de infectar os nossos animais. A pressão de infecção pode se referir à contaminação de uma baia, de um galpão, ou mesmo à ameaça microbiológica representada pela presença de outras granjas na proximidade, o que afeta a chance de contaminação cruzada entre plantéis vizinhos.
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Por quê a limpeza com detergente é fundamental?
Quando devo utilizar um detergente ácido?
O detergente ácido é indicado para a remoção de resíduos inorgânicos, isto é, de origem mineral, como a ferrugem, calcário e o outras incrustações minerais.
Quando devo utilizar um detergente alcalino?
O detergente alcalino é indicado para a remoção de resíduos orgânicos, isto é, gorduras, proteínas e carboidratos, tipicamente encontrados na produção animal como dejetos e resíduos de alimentos.
Qual o melhor desinfetante para uso nas instalações?
O melhor desinfetante para uso na desinfecção das baias e galpões vai depender do desafio encontrado em cada granja ou setor. Embora existam desinfetantes de amplo espectro, alguns patógenos somente são sensíveis a compostos específicos (como fenóis e ácido peracético no caso da coccidiose suína, por exemplo) necessitando de atenção especial e protocolos individualizados. De maneira geral, é interessante sabermos que existem desinfetantes oxidantes e não-oxidantes, e que dependendo do desafio encontrado a indicação de um ou de outro irá variar.
Para a obtenção de resultados sólidos, é importante ressaltar que a limpeza e desinfecção das instalações devem ser sempre acompanhadas de protocolos para banho, fluxo de pessoas, movimentação de equipamentos, uso de pedilúvios, entre outros processos. Ao falarmos de biosseguridade, não existe resultado mensurável para ações isoladas, e sim para a implementação simultânea de atividades de prevenção e controle da entrada de patógenos e contaminação cruzada.
