Na manhã desta terça-feira, ocorreu na Câmara de Vereadores de Lajeado a primeira reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (AL-RS) para discutir estratégias de apoio aos agricultores que foram impactados pelas cheias nas regiões da Serra, Vale do Taquari e Vale do Rio Pardo.
Valdecir Luis Folador, presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS), participou ativamente da reunião e ofereceu sugestões viáveis para a recuperação do setor.
“A ACSURS está acompanhando de perto essas discussões e trabalhando para apresentar alternativas que ajudem a minimizar os prejuízos e impactos negativos causados pelas cheias”, afirmou Folador.
Ele ressaltou que, até o momento, não existem números precisos sobre quantas propriedades de produção de suínos foram afetadas e qual é a extensão dos prejuízos causados pelas cheias do Rio Taquari.
“Conhecemos as informações gerais sobre o setor agropecuário como um todo. No entanto, a Emater/RS – Ascar está conduzindo um levantamento das perdas e gerando informações técnicas eficazes, além de coordenar outras estratégias em colaboração com as famílias afetadas. Estamos cientes dos danos, mas acredito que em breve teremos um quadro mais claro sobre o impacto desse desastre natural”, concluiu.
Durante a reunião, foram formuladas 12 medidas que serão apresentadas pelo presidente da FPA e deputado estadual, Elton Weber, a autoridades do Governo Estadual e Federal nos próximos dias. O encontro contou com a participação de líderes sindicais, prefeitos, secretários municipais de 23 municípios, bem como deputados.
Aqui estão algumas das solicitações que serão feitas:
Ao Governo Federal:
- Suspensão imediata da cobrança de todas as operações de crédito rural (custeio, investimentos, crédito fundiário) que vencem nos próximos 180 dias, contratadas por agricultores e pecuaristas afetados pelas intempéries climáticas (enchentes, ciclones).
- Anistia das operações de custeio e investimento não cobertas por seguro (Proagro ou seguro agrícola).
- Renegociação das dívidas de custeio e investimento contraídas por agricultores e pecuaristas afetados pelos fenômenos climáticos.
- Linha de crédito emergencial para recuperação das unidades produtivas, incluindo a recuperação de solo, aquisição de maquinários e equipamentos, reconstrução de instalações, com um prazo de pagamento de 10 anos, carência de 3 anos, sem juros e com um bônus de adimplência de X%.
- Inclusão das famílias rurais que perderam suas casas nas políticas de habitação destinadas à reconstrução das unidades habitacionais dos municípios afetados.
- Linha de crédito não reembolsável para a compra de mobiliário e utensílios domésticos perdidos nas enchentes, com base no valor do saque emergencial do FGTS (R$ 6.200,00).
- Recursos para a recuperação de estradas vicinais, pontes e pontilhões, visando facilitar o escoamento da produção e o deslocamento entre as propriedades rurais.
Ao Governo Estadual:
- Recursos para a recuperação de estradas vicinais, pontes e pontilhões, visando facilitar o escoamento da produção e o deslocamento entre as propriedades rurais.
- Suspensão imediata da cobrança de todas as operações de crédito rural (custeio, investimentos, FEAPER) que vencem nos próximos 180 dias, contratadas por agricultores e pecuaristas afetados pelas intempéries climáticas (enchentes, ciclones).
- Inclusão das famílias rurais que perderam suas casas nas políticas de habitação destinadas à reconstrução das unidades habitacionais dos municípios afetados.
- Anistia das operações de custeio, investimento e FEAPER não cobertas por seguro (Proagro ou seguro agrícola).
- Linha de crédito não reembolsável para a compra de mobiliário e utensílios domésticos perdidos nas enchentes, incluindo os agricultores no anúncio feito pelo estado de R$ 2.500,00 para as pessoas do CAD Único.