De outubro de 2017 a fevereiro de 2018, cerca de 26 mil recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sairão a campo para realizar o Censo Agro 2017, atualizando as informações sobre a produção agropecuária no Brasil. O lançamento do trabalho foi realizado na quarta-feira, (09/08) na sede da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, na capital.
O secretário-adjunto Rubens Rizek Jr, que representou o secretário Arnaldo Jardim no evento, destacou o apoio da Pasta Estadual aos trabalhos. “Podemos disponibilizar os dados obtidos por meio do Levantamento Censitário das Unidades de Produção Agropecuária (Lupa), que está sendo finalizado pela Pasta, por meio da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) e do Instituto de Economia Agrícola (IEA)”, afirmou. Os resultados da atividade agropecuária paulista deverão ser divulgados até o final deste ano.
Para Rizek, conhecer o cenário agropecuário nacional é muito importante para a tomada de decisões no setor. “O agro tem adquirido um peso crescente, trazido maior agregação de valor à indústria. É importante compreender os dados para fazer políticas públicas, porque esse caminho será efetivo para o agronegócio”, afirmou. Para Rizek, a nova edição destacará o crescimento de culturas como a fungicultura e a produção de flores.
“O setor é extremamente empreendedor e tecnológico e queremos retratar e subsidiar o planejamento de políticas, agregando valor ao planejamento estratégico”, explicou o chefe da unidade do IBGE em São Paulo, Klaus Gerke Junior. De acordo com Gerke, esta edição do censo criará ainda a Pesquisa Nacional de Atividade Agropecuária (PNAG), que será realizada anualmente no intervalo entre os censos.
Nesta edição do Censo, serão visitados cerca de 5,3 milhões de estabelecimentos agropecuários em quatro mil municípios, para detalhar os seguintes temas: características do estabelecimento, composição da área e seus usos, sistema de preparo do solo, adubação e irrigação; unidades armazenadoras e implementos agrícolas; características do produtor e da mão de obra; pecuária e produção vegetal; receitas, financiamentos e empréstimos; e despesas.
De acordo com o coordenador técnico do Censo Agro em São Paulo, Vando da Paz Nascimento, esta edição trará maior agilidade em relação ao censo realizado em 2007, com a utilização de equipamento mais moderno, transmissão de informações via wi-fi aos postos de coleta e redução do tempo de entrevista. “Em 2007, o equipamento eletrônico utilizado era mais simples, mas hoje o recenseador tem a sua localização em campo, não precisa usar outro equipamento, facilitando a coleta, transmissão e supervisão dos dados”, afirmou.
Para o presidente da Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro-Sul (Orplana), Eduardo Vasconcelos Romão, a sociedade precisa assimilar a importância do agronegócio brasileiro para a produção mundial de alimentos. “Nos próximos anos, a população deverá crescer 20% e a demanda por alimentos, 40% e precisamos estar preparados para atender esse mercado. A pesquisa está no forno, o setor está cada vez mais pujante e a sociedade precisa participar desse desenvolvimento”, avaliou Romão.
Na ocasião, entidades do segmento demonstraram apoio para a divulgação e incentivo à participação nas pesquisas. “É importante contar com informações precisas e confiáveis do setor, para atrair investimentos nos municípios”, afirmou o diretor-secretário da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp/Senar), Marcos Antonio Mazoti. “Por isso, enviaremos comunicados à nossa base para contar com a contribuição de todos na pesquisa”.
“Quando o Produto Interno Bruto (PIB) avança, o agronegócio tem grande participação. Nesta empreitada que descobre o papel do homem do campo e a sustentabilidade, apoiamos este trabalho. Por ser o grande negócio do país, o agro precisa do apoio de todos”, afirmou o presidente da União dos Vereadores do Estado de São Paulo (Uvesp), Sebastião Misiara.