Os preços do suíno vivo tiveram a maior queda desde meados de 2019, quando sofreram os impactos positivos do avanço das exportações à China. Em Santa Catarina, principal produtor do país, o preço recuou 12,85%. O preço do animal vivo no estado agora é de R$ 4,68 o quilo.
Após algumas semanas sem estabelecer um valor de referência, nesta semana, a Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS) informou que a bolsa de suínos no estado voltou a fazer negócios, com a presença de sete frigoríficos e 17 granjas.
O valor estabelecido foi de R$ 4,80 o quilo. Até a primeira quinzena de março, o preço era R$ 5,97. Nesse sentido, o valor do animal vivo recuou 24,4% em apenas 15 dias.
Houve quedas acentuadas no quilo do suíno vivo ainda nos estados de Minas Gerais e Goiás. No caso, o valor agora é de R$ 4,40. No começo de março, ambos os estados tinham a cotação de R$ 5,90, ou seja, a queda foi de 34% no quilo do vivo.
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DEMANDA FRACA EXPLICA
A pressão veio da demanda final pela proteína, que segue fraca, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. O recuo na procura por carne no mercado atacadista tem feito com que representantes de frigoríficos reduzam o ritmo de produção e, consequentemente, a demanda por novos lotes de suínos para abate.
No mercado independente de suínos vivo, segundo o Cepea, as quedas mais significativas foram verificadas nas praças mineiras. A produção suinícola em Minas Gerais atende, em sua maioria, a demanda local, escoando apenas baixo volume para outros estados – diferente do visto em regiões do Sul, especialmente.