A suinocultura caminhou, ao longo de 2021 e 2022, por um vale de instabilidade que envolveu um complexo rearranjo global das commodities, depois da crise da pandemia do novo coronavírus. Isso respingou nos primeiros meses de 2023, com um cenário de preços elevados do milho e da soja e de pressão nos custos de produção. Tudo isso aliado a uma conjuntura ruim de preços do quilo vivo e consumo morno no mercado interno. No segundo semestre, no entanto, esse período de dificuldades começou a dar sinais de melhora e, agora, os produtores e a agroindústria começaram a esboçar um olhar mais otimista para 2024.
Em Santa Catarina, maior produtor de suínos do Brasil, o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, avalia 2023 como um ano menos dolorido, considerando o retrospecto recente. Apesar de muitos suinocultores ainda estarem vivendo dificuldades para fechar as contas, o setor está aquecido, com exportações em alta (Santa Catarina deve bater recorde até o fim do ano), ainda que o dinheiro esteja ralo no bolso do suinocultor.
“A nossa sorte é que temos entidades organizadas, fazendo seu trabalho, para que haja exportações. Isso ajuda a regular os estoques internos, interfere na disponibilidade e contribui com preços”, analisa Lorenzi. O dirigente da Associação lembra da importância do mercado consumidor brasileiro, que respondeu por mais de 75% do consumo das 5 milhões de toneladas de carne suína produzidas em 2022.
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