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Grãos

UE chega a acordo com a Ucrânia, mas impõe limites às importações de grãos

UE chega a acordo com a Ucrânia, mas impõe limites às importações de grãos

A União Europeia (UE) alcançou um acordo provisório para permitir aos produtores de alimentos ucranianos um acesso mais amplo e isento de tarifas ao mercado europeu até junho de 2025. Contudo, o pacto estabelece novos limites para as importações de grãos, em resposta a preocupações internas.

Após debates intensos e oposição de agricultores da UE, preocupados com as regras ambientais e a competição de produtos mais baratos, a UE concordou em expandir a lista de produtos sujeitos a limitações emergenciais, incluindo aveia, milho, grumos e mel, com base na média de importações dos anos de 2022 e 2023.

O acordo, fruto de negociações entre o Parlamento Europeu e a presidência belga da UE, também determinou que a Comissão Europeia deve agir rapidamente, em até 14 dias, caso os limites preestabelecidos sejam ultrapassados.

Denys Shmyhal, primeiro-ministro da Ucrânia, acolheu o acordo como uma notícia positiva para seu país.

Por outro lado, o ministro da Agricultura da França, Marc Fesneau, expressou reservas, sugerindo que os limites de importação deveriam refletir a média dos anos 2021 a 2023 e incluir uma gama mais ampla de cereais, especialmente o trigo, dada a posição da França como principal produtor e exportador do grão na UE.

Fesneau enfatizou a necessidade de continuar trabalhando no acordo para melhor refletir as preocupações francesas, apesar do progresso alcançado.

Para aliviar as tensões com os países vizinhos da Ucrânia na UE, que relataram prejuízos a seus produtores agrícolas devido às importações ucranianas, a Comissão comprometeu-se a monitorar as importações de trigo e outros cereais ucranianos, prometendo intervir se necessário para proteger os mercados europeus.

A Ucrânia, por sua vez, defendeu que suas exportações agrícolas, que agora passam majoritariamente pelo Mar Negro devido à invasão russa, não estão afetando adversamente o mercado europeu.

O acordo, que ainda requer a aprovação final do Parlamento Europeu e dos governos dos estados membros da UE, é visto como um passo crucial para abril, prometendo fortalecer as relações comerciais enquanto aborda preocupações internas da UE.