A integração da Inteligência Artificial (IA) nas granjas de avicultura e suinocultura no Espírito Santo está trazendo avanços significativos para o setor, destacados durante a Feira de Avicultura e Suinocultura Capixaba (Favesu 2024), realizada em Venda Nova do Imigrante nos dias 05 e 06 de junho. Organizado pelas associações dos Avicultores (Aves) e dos Suinocultores do Estado do Espírito Santo (Ases), o evento contou com a participação de 83 empresas em 44 estandes e ofereceu 20 palestras técnicas e empresariais.
Nélio Hand, diretor-presidente da Aves e Ases, enfatizou que a IA complementa e potencializa tecnologias já existentes, como máquinas de classificação de ovos, robôs para manutenção de camas de esterco e painéis automatizados que permitem o monitoramento da produção via celular. Em granjas de frango com sistema de “pressão negativa”, onde o ambiente é totalmente controlado para otimização de temperatura e bem-estar das aves, a IA intensifica esse controle, melhorando a eficiência e reduzindo a fadiga térmica das aves.
“A automação associada à Inteligência Artificial está avançando consideravelmente. Gradualmente, os produtores estão adotando essas tecnologias, e a associação promove essa inovação. A Feira é uma excelente oportunidade para os produtores se prepararem e aprimorarem seus processos”, afirmou Hand.
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Um dos destaques tecnológicos mencionados foi o desenvolvimento de máquinas de secagem de esterco, de origem holandesa, que transformam resíduos em produtos comercializáveis. Rafael Carlos Pinto, da Kilbra (SP), explicou que essas máquinas já estão disponíveis no mercado capixaba, proporcionando não apenas redução do impacto ambiental, mas também gerando receita adicional ao transformar o esterco seco em um produto valorizado, vendido a até R$ 400 por tonelada.
A utilização de IA também está otimizando processos críticos como o controle de temperatura em silos, prevenindo problemas como a formação de micotoxinas, conforme destacou o engenheiro agrícola Gustavo Berger, do Grupo Berger. Ele mencionou sistemas integrados que monitoram e controlam a produção em tempo real, aumentando a eficiência operacional.
Para Brenner Emerick, médico veterinário da Corti Avioeste, a evolução tecnológica é essencial para enfrentar desafios como a escassez de mão de obra no setor. Ele mencionou o Controlador Maximus da Itália, que permite o controle remoto de granjas via aplicativo, reduzindo a necessidade de trabalhadores e os custos operacionais, além de garantir a continuidade da produção mesmo em períodos críticos.
Essas inovações demonstram o compromisso do setor de avicultura e suinocultura do Espírito Santo em adotar tecnologias de ponta para melhorar a eficiência, reduzir custos e garantir o bem-estar animal, consolidando a região como um polo de avanço tecnológico na produção agrícola brasileira.
Fonte: ConexãoSafra
