Redação SI (19/01/06) – Apesar de não ter resultado na suspensão do bloqueio, o encontro foi considerado positivo pelos membros da comitiva.
O ministro russo recebeu um dossiê técnico que relata o histórico das ações desenvolvidas por Santa Catarina para assegurar a sanidade do rebanho e informou que uma equipe irá analisá-lo. Segundo o secretário de agricultura catarinense, Moacir Sopelsa, Gordeyev ressaltou que a suspensão das compras de carnes de todo o país foi tomada por falta de informações rápidas por parte do governo brasileiro e por demora na tomada de decisões.
A comitiva ressaltou aos russos que Santa Catarina não tem febre aftosa e não vacina o rebanho. E espera que “em breve” os russos reabram seu mercado ao Estado e ao Rio Grande do Sul, já que pela posição geográfica, Santa Catarina funciona como uma barreira para o rebanho gaúcho ante os focos no Paraná e Mato Grosso do Sul.
O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Wolmir de Souza, afirmou que ontem foi acertada uma venda de carne suína do frigorífico Unibon (SC) para um importador russo cujo recebimento ocorrerá “assim que o embargo for suspenso”. Segundo Souza, o comprador depositou US$ 90 mil antecipadamente como garantia, o que foi considerado indicativo de que o embargo poderá ter fim em breve. “Eles querem comprar. E os empresários russos também acham que a situação se resolverá em breve, senão não comprariam”, afirmou.
Ontem, fontes do Ministério da Agricultura informaram que a Argentina deve retomar as compras de carne suína sem osso e produtos suínos do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. O embargo foi imposto após os focos de aftosa no Mato Grosso do Sul e a confirmação, pelo Ministério , de foco no Paraná.