Redação (26/05/2008)- A Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (ABEF) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX -Brasil) vão realizar um workshop de promoção da carne de frango brasileira durante a 76ª Sessão Geral da Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE), que acontece esta semana (25 a 30 de maio) em Paris. O objetivo é destacar, para a imprensa européia, autoridades e representantes de organizações de consumidores, os diferenciais de sanidade e qualidade da carne de frango exportada pelo Brasil e o comprometimento do setor com a sustentabilidade.
A iniciativa prevê uma apresentação e coletiva de imprensa no dia 28, quarta-feira, com a presença do Presidente Executivo da ABEF, ex-ministro Francisco Turra, e do Diretor Executivo da entidade, Christian Lohbauer. No dia seguinte será oferecida, à noite, uma recepção para delegados da OIE, representantes da Comissão Européia e parceiros e clientes das empresas associadas.
“Em 1998, como ministro da Agricultura, participei desta reunião da OIE trabalhando para tornar o Brasil livre da febre aftosa e obter o passaporte para nossas exportações de proteína animal. Hoje, apenas dez anos depois, somos o primeiro exportador mundial de carne de frango e bovina, e abrimos importantes mercados para a carne suína. O momento é favorável para a iniciativa de defesa da qualidade e sanidade do frango brasileiro”, destaca o Presidente Executivo da ABEF, Francisco Turra.
Protecionismo
Nos últimos anos o frango brasileiro vem sendo alvo de medidas protecionistas e de ataques infundados no mercado europeu, que incluíram até mesmo acusações como danos à Floresta Amazônica por exportadores brasileiros, embora não existam frigoríficos na região.
“Decidimos conversar diretamente com os europeus. Uma postura mais ativa e menos reativa é a solução para combatermos falsas informações que têm sido divulgadas na imprensa européia sobre os produtos brasileiros. Sofremos freqüentes acusações como destruição da floresta amazônica, utilização de hormônios e substâncias cancerígenas na ração, venda de produtos frescos e associações negativas. Vamos mostrar que não é bem assim”, afirma o Diretor Executivo da ABEF, Christian Lohbauer.
O desempenho das exportações brasileiras de frangos contraria, no entanto, a imagem que a imprensa européia divulga. Em 2007 foram embarcadas 561 mil toneladas de carne de frango para os países da União Européia, 36% acima do exportado em 2006. Esse resultado mostra que o consumidor europeu também aprecia a qualidade, sanidade e preço do frango brasileiro, cujas exportações poderiam ser ampliadas não fossem as medidas que dificultam o acesso do produto ao mercado da UE.