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Adesão à greve dos caminhoneiros chega a 75% da categoria, calcula associação

A meta de realizar um movimento pacífico está sendo atingida.

Redação (25/06/2008)- Caminhoneiros de todo o país paralisaram as atividades desde a zero hora de hoje (25) por 24 horas. De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, até o momento, cerca de 75% da categoria aderiu à greve.

De acordo com ele, a meta de realizar um movimento pacífico está sendo atingida. Segundo Lopes, o único objetivo da paralisação é chamar atenção para os problemas que os motoristas enfrentam, como falta de segurança nas estradas, aumento do óleo diesel e redução do valor do frete.

Eles também pedem alteração no Decreto nº 49.487, que regulamenta novas restrições para a circulação de caminhões na cidade de São Paulo, o arquivamento do projeto de lei que derruba o vale-pedágio e a fiscalização do pagamento desse vale e do excesso de peso nos caminhões.

A categoria promove no início da tarde uma passeata na Marginal Tietê, em São Paulo, com o propósito de chamar atenção dos órgãos competentes. Segundo ele, não há bloqueios nas rodovias e os caminhoneiros que não aderiram à paralisação não enfrentam problemas.

“Nosso pressuposto não é realizar uma greve violenta, nossos objetivos são outros, queremos garantir os direitos à categoria, mas infelizmente existem motoristas que podem ficar exaltados com a circulação dos colegas de profissão, por isso, para evitar que ocorra algum incidente, peço aos companheiros que parem de dirigir”, recomendou.

Na avaliação de Lopes, a paralisação superou as expectativas, porque no Porto de Santos, local de grande fluxo de caminhoneiros, os serviços foram paralisados e o serviço de carga e descarga de mercadorias foi interrompido.

Os plantões da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nos estados de Santa Catarina, Goiás, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro confirmaram que não há registro de bloqueios nas estradas. A situação também é tranqüila em Recife, segundo a PRF.

O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros aguarda, a partir de amanhã (26), propostas de governos estaduais, municipais e federal, além do empresariado. Ele espera que a estratégia de primeiro realizar o manifesto e depois discutir as propostas traga resultados positivos para a categoria.