No início de março, o governo do estado e o Banco do Nordeste (BN) anunciam uma parceria na execução dos Programas para Desenvolvimento do Agronegócio Baiano, que vai envolver 23 culturas e criações, e contemplar todas as regiões do estado. Este ano, serão investidos R$500 milhões e a expectativa é de geração de pelo menos cem mil novos postos de trabalho anuais, em cada plano de safra.
“Trata-se de um grande programa de estímulo ao agronegócio da Bahia”, conta o diretor de agricultura da Secretaria de Agricultura do estado (Seagri), Hermínio Maia. A meta é elevar o valor bruto da produção agropecuária baiana em 10% ao ano, estimulando a agroindustrialização e a modernização no campo. O uso de novas tecnologias, capacitação, assistência técnica, o estímulo à pesquisa, cooperativismo e a integração dos elos das cadeias produtivas estão entre os principais objetivos.
O Banco do Nordeste vai garantir crédito de R$1,8 bilhão, nos quatro anos, com condições diferenciadas para quatro categorias de produtores: mini, pequeno, médio e grande. Para todos eles, o prazo de pagamento é de 12 anos e a carência é de quatro. Os juros variam de 6% a 10,75% ao ano, mais TJLP, e o limite de crédito é de 90% para mini e pequenos, e de 70% para médios e grandes produtores. Este ano, cerca de R$400 milhões já estarão disponíveis nas 34 agências do banco na Bahia, e nas outra quatro novas unidades bancárias que serão abertas, este ano, nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Seabra, Conceição do Coité e Valença.
Segundo Maia, além da Secretaria de Agricultura, outros órgãos do estado estarão envolvidos nos programas, principalmente na capacitação e assistência técnica. O investimento de R$500 milhões do governo estadual será direcionado, também, para infra-estrutura e atendimento ao produtor, sendo que cerca de R$100 milhões já estão garantidos para 2004. Todos os recursos, incluídos do banco, já estão direcionados por região e por atividade.