Redação (06/02/2008)- O plantio de soja e algodão transgênicos traz benefícios econômicos e ambientais, na opinião do presidente da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), o engenheiro agrônomo Ywao Miyamoto. Para ele, com a maior resistência a pragas e doenças e, por conseqüência menor uso de agrotóxicos, o plantio de transgênicos ajuda a proteger o meio ambiente e a saúde dos trabalhadores.
“Atualmente, o uso da soja transgênica permite que a agricultura use herbicida e inseticida de baixa toxicidade. Isso é bom para quem trabalha na lavoura", disse em entrevista à Rádio Nacional. Segundo ele, além disso usa menos trator no manejo, o que reduz a emissão de gás carbônico.
O diretor executivo da Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola (Coodetec), Ivo Marcos Carraro, também destaca que o plantio de transgênicos reduz entre 10% e 15% o custo total da lavoura. “Apesar disso, o agricultor leva em consideração outros fatores, como a redução do uso de produtos químicos”, afirmou em entrevista à Rádio Nacional.
Para Carraro, “a cada ano as pressões [contra o uso de soja transgênica] vão diminuindo”. Segundo ele, porque os produtos geneticamente modificados passam por vários testes para garantir a qualidade. “Os produtos que entram no mercado, depois de aprovados pelos órgãos de biossegurança, são mais seguros porque passam por muito mais testes do que qualquer produto convencional”, disse.
Carraro revelou que atualmente 60% da soja plantada no Brasil, segundo maior produtor mundial, é transgênica. “A tendência é de aumentar o uso”. Nos Estados Unidos, país que mais produz soja, o índice é de 90% e na Argentina, terceiro lugar em produção, cerca de 98%.